Renan Calheiros (MDB-AL) atacou nesta segunda-feira (29/5) Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados. O senador classificou o deputado como um mau exemplo e acusou o rival alagoano de dar calotes financeiros e de agredir a ex-esposa.
As acusações de Renan Calheiros foram feitas através de uma publicação no Twitter. Nela, o senador compartilha as falas de um empresário ruralista chamado Ricardo Barreto Dantas, que acusa Arthur Lira de descumprimento de um acordo milionário para a compra de gado.
Renan acusou Arthur Lira de “caloteiro” e afirma que o presidente da Câmara dos Deputados costuma não cumprir seus acordos financeiros. Além disso, acusou-o de corrupção e de agredir mulheres. O senador cita o suposto caso de agressão sofrido por Jullyene, a ex-esposa do deputado.
Sobre a acusação de calote, a equipe de Lira respondeu: “Não houve a operação comercial relatada pelo senhor Ricardo Barreto Dantas, como ficou estabelecido numa decisão judicial em que o juiz do caso acentua a não existência do suposto negócio jurídico, bem como a fraude cometida no preenchimento da data do cheque – além de determinar sua prescrição. Informamos ainda, que não houve recurso da sentença judicial, tendo a mesma transitado em julgado”.
Lira foi absolvido da suposta agressão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015. Em 2021, quando se candidatou pela primeira vez à presidência da Câmara dos Deputados, Jullyene disse ter sido ameaçada para mudar o depoimento.
O senador disse, enquanto presidente do Senado em 2006, aprovou a Lei Maria da Penha para punir “meliantes como ele”. Espera-se que, nas eleições de 2026, Renan Calheiros e Arthur Lira disputem a Casa Alta. O próximo pleito terá duas vagas para senador em disputa.
CPMI
A disputa alagoana faz-se presente em Brasília. Arthur Lira pressionou a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para minar uma esperada participação de Renan Calheiros na CPI Mista sobre os atos golpistas de 8/1.
O objetivo de Lira era não permitir que Renan atraísse os holofotes para si novamente, como ocorreu com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O senador também age: recentemente, defendeu que o governo estava “desistindo” do presidente da Câmara, quando houve impasse sobre as MPs.