Mais uma pessoa deixa de participar do governo Lula. Nesta segunda-feira, 5, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, assinou a exoneração do diretor de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Alexsander Moreira. A saída dele foi publicada no Diário Oficial da União.
A queda de Moreira do segundo escalão do governo federal ocorre em decorrência da Hefesto, operação da Polícia Federal (PF) voltada a investigar supostos crimes de fraude em licitações e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, a prática criminosa envolveu cifras milionárias para compra de kits de robóticas para municípios de Alagoas. O dinheiro seria oriundo do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação.
De acordo com o portal R7.com, o agora ex-diretor de Gestão Educacional do MEC foi um dos alvos da PF. Conforme as apurações do caso, há a suspeita em relação a movimentações financeiras dele. A Hefesto também mirou pessoas próximas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar, contudo, afirmou que a operação não o atingiu.
Moreira estava no cargo no MEC desde janeiro, quando o petista Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao poder. Alguns veículos de comunicação definem ele como aliado de Lira.
Alexsander e queda no primeiro escalão do governo
Fora de diretoria do MEC, Alexsander Moreira não é, a saber, o primeiro a deixar o governo Lula. O general Gonçalves Dias pediu para sair do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. A exoneração dele ocorreu em 19 de abril, mesmo dias em que imagens mostraram a ação do GSI diante das manifestações do 8 de janeiro.