O ministério mais cobiçado pelos deputados do União Brasil é da Integração e Desenvolvimento Regional, hoje pilotado por Waldez Góes, do PDT.
Góes foi indicado pelo senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, mas o entendimento na Câmara dos Deputados é de que o apadrinhamento beneficia mais Alcolumbre individualmente do que o partido.
O União tem três ministros, mas parlamentares se queixam de que as indicações só beneficiam a cúpula. Em reunião na última quarta-feira, a bancada na Câmara deliberou que escolheria coletivamente o nome do próximo ministro.
Deputados avaliam que, no caso dos ministérios das Comunicações e do Turismo, que estão com deputados do União Brasil, é mais importante conseguir indicar alguém no comando das estatais abaixo deles, Correios e Embratur, do que trocar o ministro em si.
Nos Correios, o presidente foi indicado pelo grupo de advogados Prerrogativas, próximo a alas do PT. Na Embratur, está Marcelo Freixo, do PSB.
O problema de tirar Waldez Góes é que, com a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) de Cristiano Zanin, Lula não quer se indispor com Alcolumbe. O senador é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde ocorrerá a sabatina de Zanin. Além disso, tem mantido boa relação com Lula.
Na votação da MP da Esplanada, 15 deputados dos 59 do União Brasil traíram o governo, mas os demais deram um “voto de confiança”, justificado pela possibilidade de conquistarem mais espaço nas negociações futuras.
O partido aguarda o resultado das conversas entre o presidente Lula e Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e tenta atrair o Republicanos para fazer um pedido conjunto a Lula por ministérios, para ganhar força.
Na semana passada, Marcos Pereira, presidente do Republicanos, negou à coluna que o partido vá indicar um ministro no governo Lula.
Dentro do União Brasil, o mais cotado para assumir um ministério é Celso Sabino, do União Brasil do Pará.