19/06/2017 às 16h43min - Atualizada em 19/06/2017 às 16h43min

Estratégia Saúde da Família muda para melhor a saúde em Samambaia

Entenda como a mudança, que acontece em todo o Distrito Federal, torna melhor o atendimento à população

Assessoria de Comunicação Social

 

Há alguns meses, alguns grupos movidos por interesses corporativos ou por má informação, fazem circular o boato de que os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) de Samambaia pioraram. Assim, cabe esclarecer que os serviços de Atenção Primária de Samambaia passam por uma mudança, que também atinge todo o Distrito Federal, e que se destina a melhorar o atendimento, que é a reorganização dos serviços na lógica da Estratégia Saúde da Família.

 

A Estratégia Saúde da Família consiste no seguinte: a população é dividida em grupos de 3.750 pessoas que passam a ser atendidas sempre pela mesma equipe, formada por um médico de família, um enfermeiro, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde e equipe de saúde bucal. Esse grupo passa a conhecer detalhadamente a população que atende, seus problemas de saúde, suas condições de vida. Assim, tem maiores condições de manter a qualidade da saúde dessa população, evitando encaminhamentos desnecessários para os hospitais e complicações mais graves de saúde para o usuário.

 

Em Samambaia, essa mudança já é realidade em várias localidades. Como a Unidade Básica de Saúde 7, localizada na Quadra 302, que funciona com 50% da agenda para demanda programada e por hora marcada e as demais vagas ocupadas por demandas espontâneas de pacientes que procuram a unidade e que precisam de solução mais urgente, no mesmo dia, para seus problemas.

 

Tal realidade já não é em Samambaia exclusividade dessa Unidade Básica de Saúde. A gestão local tem trabalhado no sentido de incentivar e preparar os gestores e servidores a trabalharem no novo modelo, de acordo com o previsto na portaria 77/2017 da Secretaria de Saúde, que regulamenta o funcionamento da Atenção Primária no Distrito Federal.

 

COBERTURA - A partir do estudo da população local e considerando os índices de vulnerabilidade social, o Plano de Organização da APS na Região Sudoeste prevê a implantação de novas equipes, possibilitando assim o aumento da cobertura.

 

Antes do início desse processo, Samambaia possuía 57,71% de cobertura da Saúde da Família. Hoje, já conta com 80,51%. A ao somar as equipes já existentes em transição e as novas que aguardam apenas o cadastramento, chegaremos a 88,7%. Ainda há um caminho a percorrer para que toda a atenção primária na região atue integralmente na Estratégia Saúde da Família. Novos servidores, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnicos administrativos estão sendo lotados e redimensionados de outras UBS para a cidade, com vistas a compor as novas equipes ou completar as equipes que tinham déficit de recursos humanos.

 

Nos últimos meses uma farmácia de distribuição de psicotrópicos foi inaugurada e mais duas encontram-se em adaptação para abertura no próximo mês. Foi também implementada a residência em Medicina de Família e Comunidade com a lotação de médicos de família titulados e com ampliação das vagas. Aumentou ainda a oferta das Práticas Integrativas em Saúde na maioria das unidades. Já se verificou aumento da produtividade da enfermagem, tendo em vista que o foco não é centrado apenas no profissional médico, e a equipe possui autonomia e atua conforme os protocolos estabelecidos pela SES-DF. A equipe de enfermagem trabalha de forma mais qualificada pois atua em várias frentes de trabalho, não desenvolvendo apenas ações específicas e fixas a um determinado setor.

 

Alguns procedimentos já são hoje feitos de forma corriqueira nas Unidades Básicas de Saúde, tais como: suturas de lesões superficiais, biópsia de tumores superficiais de pele, cirurgia de unha (cantoplastia), drenagem de abcesso, remoção de cerume (lavagem auricular), inserção de DIU, reconstrução de lóbulo de orelha, manejo de queimaduras, retirada de corpos estranhos, realização do teste do reflexo vermelho (teste do Olhinho), dentre outras ações.

 

Houve também a adequação de um espaço físico para que em breve seja instalada a equipe de transição em Saúde da Família, criando, assim, mais um ponto de atenção na cidade. A equipe já atua na região, na UBS 2, e também encontra-se realizando os módulos do curso de conversão da APS. Serviços de manutenção predial foram realizados em quase todas as UBS de Samambaia.

 

Já houve autorização para instalação de escovódromos nas Clínicas de Família. Samambaia é a região administrativa que apresenta o maior índice do indicador de escovação supervisionada pelas equipes de saúde bucal do DF.

 

ESTRUTURA FÍSICA - Em relação a infraestrutura das unidades, aguarda-se a entrega da obra situada na Quadra 210 para a transferência das equipes. A UBS 1 será totalmente reformada e o projeto já está em andamento para abertura do edital de licitação. O projeto prevê que a UBS 1 seja ocupada por equipe da atenção secundária, possibilitando assim, a instalação definitiva de uma policlínica na cidade.

 

Enquanto isso, tramita processo para parceria com o Ibram para cessão de uso do espaço localizado no Parque Três Meninas, com vistas à instalação de equipes para atendimento à população ainda descoberta pelas equipes de Saúde da Família e para que outros médicos especialistas possam desenvolver parte da sua carga horária, contribuindo assim, de forma provisória, com o ambulatório de retaguarda para as equipes da Atenção Primária, até que tenhamos condições de inaugurar a policlínica definitiva. Também tramita processo para construção da UBS na Quadra 831. Projeto já finalizado e autorizado para seguir para licitação.

 

A gestão está organizando a abertura das unidades tipo 2 (com mais de 4 equipes) para funcionarem em horários estendidos até as 19h e abertura aos sábados, seguindo a legislação vigente. Assim, fica claro que em nenhum momento houve a intenção de fechar ou prejudicar os serviços das Unidades Básicas de Saúde de Samambaia. Mas, ao contrário, melhorar seu atendimento na Estratégia Saúde da Família.

 

Todo esse processo está em curso em Brasília, de forma paulatina. Mas gera profunda reação e desconforto daqueles que lucram – econômica ou politicamente – com os eventuais problemas vividos na saúde pública e que têm resistência a mudanças no seu processo de trabalho, não apresentando, portanto, perfil para desempenhar suas ações no novo modelo. Pois o modelo antigo era cômodo para alguns e era pautado para atender às necessidades individuais dos que nele trabalhavam, não focando o planejamento da equipe para o território e para o usuário. São pessoas preocupadas com seus interesses pessoais e corporativos. Por isso, é preciso muito cuidado com as informações que veiculam por aí.

 

 


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