17/06/2023 às 08h04min - Atualizada em 17/06/2023 às 08h04min

Putin ameaça atacar caças fora das bases ucranianas

Presidente russo voltou a citar o uso de armamentos nucleares no conflito

​O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participou do Fórum Econômico de São Petersburgo | Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 16, que pode usar as forças bélicas de seu país para atacar caças F-16 fornecidos por nações ocidentais à Ucrânia. Isso ocorreria mesmo em território estrangeiro.

A declaração foi dada durante a participação de Putin no Fórum Econômico de São Petersburgo. “Os tanques estão queimando”, disse o presidente russo. “Muitos tanques foram destruídos, inclusive o Leopard [blindado alemão doado à Ucrânia]. Eles estão queimando, assim como irão os F-16. Não há dúvida disso.”

Os aviões, que também são usados por nações que são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), ficam na Polônia, país vizinho da Ucrânia.

“Mas, se esses caças estiverem em bases aéreas fora da Ucrânia e forem usados nas hostilidades, teremos de olhar como e onde seremos afetados”, salientou o presidente russo.

A ameaça feita por Putin acende o sinal de alerta sobre uma possível escalada no conflito. Em caso de uma tentativa, ou até mesmo um ataque efetivo que derrube um caça em solo ou espaço aéreo polonês, isso seria entendido como uma agressão direta a um membro da aliança. Tal medida ativaria automaticamente o artigo 5º da Otan, que forçaria todos os outros 30 membros a reagirem militarmente.

Ameaça nuclear de Vladimir Putin
Em outro momento, o presidente russo voltou a fazer ameaças sobre a possibilidade do uso de armas nucleares. Segundo Putin, a Rússia pode, mas não usará armas nucleares — salvo em risco existencial do país.

Durante a reunião de nações aliadas da Otan, em Bruxelas, autoridades afirmaram não ter registrado mudanças na postura russa quanto ao uso de armas atômicas. No entanto, a instalação de mísseis balísticos em Belarus despertou preocupação quanto ao futuro da paz na Europa e no mundo.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »