20/06/2023 às 07h30min - Atualizada em 20/06/2023 às 07h30min

Advogado Carlos Klomfahs aciona STF e pede a liberação das redes de Marcos do Val

O advogado afirma que as buscas no gabinete de Marcos do Val, sem o aval do Senado, podem abrir precedentes "perigosos" para a democracia e a separação dos Poderes

​Marcos do Val denunciou um suposto plano em fevereiro e atribuiu as articulações ao ex-presidenre Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução/Facebook

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta segunda-feira, 19, um habeas corpus (HC) que pede o trancamento da investigação sobre o suposto plano denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). O documento também pede a devolução do material apreendido pela Polícia Federal na semana passada, no gabinete e na casa do senador, além do desbloqueio dos perfis de Marcos do Val nas redes sociais.

O pedido não partiu da defesa do senador. O autor do habeas corpus é o advogado Carlos Klomfahs. O trabalho, segundo ele, é pro bono (voluntário). O argumento é que houve violação da imunidade parlamentar. O advogado afirma que as buscas no gabinete de Marcos do Val, sem o aval do Senado, podem abrir precedentes “perigosos” para a democracia e a separação dos Poderes.

Não é a primeira vez que o STF autoriza busca e apreensão nas dependências da Câmara e do Senado. Os gabinetes do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), por exemplo, já foram alvos da Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato As operações atendem, via de regra, a pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e da PF para aprofundar investigações.

Denúncia de Marcos do Val
Marcos do Val denunciou um suposto plano em fevereiro e atribuiu as articulações ao ex-presidenre Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Ele também implicou o ministro do STF Alexandre de Moraes, em versões contraditórias.

O senador alega que Daniel Silveira teria proposto, em uma reunião na presença de Bolsonaro, uma gravação clandestina de Moraes na tentativa de induzir o ministro a falar “algo no sentido de ultrapassar as quatro linhas da Constituição”. O objetivo seria anular o resultado da eleição e prender Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Relator da investigações, Moraes determinou que Bolsonaro seja ouvido pela PF. A defesa do ex-presidente afirma que ele “jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado”.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »