O senador Hélio José (PMDB-DF) está a caminho de um novo partido. O senador brasiliense irritou-se com a decisão do Palácio do Planalto de demitir dois dos seus apadrinhados em cargos públicos. As exonerações foram uma retaliação por ter o parlamentar votado contra o governo na reforma trabalhista.
O clima entre Hélio José e as autoridades palacianas vinha se deteriorando desde a semana passada, quando o deputado Laerte Bessa (PR) foi sondado por aliados do presidente Michel Temer, para fortalecer o PMDB e ocupar o espaço do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, preso – e depois colocado em liberdade – por envolvimento em supostas propinas.
Hélio José, segundo correligionários próximos, imaginava que, com a perda de densidade política de Filippelli, ele mandaria na legenda na capital da República. As demissões, publicadas no Diário Oficial da União desta quarta, 21, atingiram Vicente Ferreira, que perdeu o cargo de diretor de Planejamento da Sudeco, e Francisco Nilo, demitido da superintendência da Secretaria do Patrimônio da União.