15/07/2023 às 06h35min - Atualizada em 15/07/2023 às 06h35min

Senador pede à Polícia Federal que investigue vídeo com declaração de Barroso

Parlamentar cobra eventual responsabilização do ministro

| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador recorda também que, segundo o artigo 39 da Lei do Impeachment, 'exercer atividade político-partidária' é um dos crimes de responsabilidade passíveis da aplicação da pena contra membros do STF.
 
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) encaminhou um requerimento à Polícia Federal para que o órgão apure a autenticidade do vídeo em que o ministro Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal (STF), aparece dizendo que ajudou a “derrotar o bolsonarismo”.
 
 Na ocasião, o magistrado estava num evento da União Nacional dos Estudantes (UNE). Para o senador, a declaração de Barroso é grave e merece ser avaliada para eventuais punições
Nas imagens gravadas durante o evento, Barroso aparece ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. É este último que comanda a Polícia Federal.
 
O vídeo mostra que Barroso é vaiado por profissionais da enfermagem. Em seguida, o ministro diz que “essa é a democracia que conquistamos. Derrotamos a censura, derrotamos a tortura, derrotamos o bolsonarismo”.
 
O senador recorda também que, segundo o artigo 39 da Lei do Impeachment, “exercer atividade político-partidária” é um dos crimes de responsabilidade passíveis da aplicação da pena contra membros do STF.
 
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso se colocou como parte ativa da derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele falou sobre o tema ao participar de evento organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) na quarta-feira 12.

Declaração de Barroso tem repercussão negativa no STF

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, alguns ministros lamentaram a postura de Barroso. Os colegas afirmam que tal declaração prejudica a imagem da Corte. “Inoportunas” e “ativismo judicial”, por exemplo, foram alguns dos termos usados pelos integrantes do STF.

Apesar disso, os membros do Supremo teriam selado um pacto: não criticar de forma pública a declaração de Barroso.


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