23/07/2023 às 07h37min - Atualizada em 23/07/2023 às 07h37min

Paciente estuprada por enfermeiro em Rio Verde viu crime, mas não conseguiu gritar por estar sedada

Homem nega que tenha cometido o crime

​Foto: PC

A mulher que foi estuprada por um enfermeiro no Hospital Municipal de Rio Verde, no sudoeste do estado, relatou à polícia que testemunhou o próprio abuso enquanto estava sedada. A delegada Jaqueline Camargo Sielskis esclareceu que a paciente não conseguiu pedir socorro devido ao estado de sedação no momento do crime. O crime ocorreu no ano passado e a prisão do enfermeiro, de 32 anos, foi efetuada na última terça-feira (18).
A defesa do enfermeiro, em comunicado, afirmou que pretende demonstrar a inexistência de autoria do delito durante a fase processual e buscará a liberdade do investigado por meio dos recursos disponíveis.
 
Segundo Jaqueline Sielskis, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a vítima relatou que estava internada na unidade após tentar suicídio. As investigações indicam que o homem, que era técnico em enfermagem na época, aproveitou o momento em que a mulher estava sedada, cobrindo-a com um lençol, para cometer o abuso sexual.
 
Após receber alta, a mulher procurou a delegacia e fez o exame de corpo de delito, que confirmou o crime. Além disso, foi encontrado material genético masculino em seu corpo.
 
A delegada informou que foi realizado um confronto entre o material genético de todos os profissionais que cuidaram da paciente enquanto ela estava internada, e chegou-se à conclusão de que o material pertencia ao técnico de enfermagem que passou mais tempo em sua companhia. Em decorrência disso, foi solicitada a prisão dele, que foi expedida pela Justiça e cumprida em Santa Helena de Goiás, cidade localizada a 36 quilômetros de Rio Verde.

O homem nega que tenha estuprado a mulher. Ele foi levado para a Casa de Prisão Provisória de Rio Verde.
 
Secretaria e Coren
 
A Secretaria Municipal de Rio Verde disse que “repudia veementemente qualquer ato criminoso praticado eventualmente por qualquer servidor público municipal e se coloca à disposição das autoridades policiais para colaborar com as investigações. Informamos ainda que o investigado não é servidor efetivo e atuava como prestador autônomo que já foi descredenciado da saúde.”

O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) também publicou uma nota de posicionamento. Confira na íntegra:

“O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) informa que já iniciou as tratativas ao tomar ciência da Operação “APOLLON”, realizada pela Polícia Civil de Rio Verde, fato que ocorreu a prisão de um profissional de Enfermagem acusado de violação sexual de vulnerável.

O Coren-GO realizou abertura, por meio de ofício de um Procedimento Ético Disciplinar (PED) para apuração do caso e tomar as devidas providências com base na Resolução COFEN Nº 706/2022, que trata-se do Código de Processo Ético do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. O PED seguirá todo o rito processual presente no Processo Ético, que prevê diversas penas, inclusive cassação do registro profissional. Informa que o profissional possui inscrição regular de Enfermeiro e Técnico em Enfermagem.”

*Com informações do G1


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