02/08/2023 às 05h36min - Atualizada em 02/08/2023 às 05h36min

Pastoral Carcerária pede que STF se atente à situação de presos em 8 de janeiro

Frei que coordena a Pastoral Carcerária de Brasília diz que está com o “coração apertado”

​Frei Rogério Soares acompanha situação de presos durante os ataques às sedes dos Três Poderes - Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Coordenador da Pastoral Carcerária de Brasília, o frei Rogério Soares fez um apelo para que o Supremo Tribunal Federal (STF) se atente à situação das pessoas presas na capital federal em decorrência dos atos contra as sedes dos Três Poderes no início do ano.
 
“Senti de perto a dor, o sofrimento e o pavor que acometia a todos naquele dia nove de janeiro. A incerteza e a falta de informação de qual seria seus destinos, dilaceravam seus corações. Muitos passando mal e sendo levados por ambulâncias”, explicou o religioso.
 
Desde então, o frei acompanha os autores dos ataques em constantes visitas às penitenciárias da Papuda e da Colmeia. Os meses de trabalho o motivaram a enviar um ofício  à presidente do STF, ministra Rosa Weber, pedindo atenção a cada indivíduo detido desde o início do ano.
 
“De acordo com as escutas que fiz, sinto o coração apertado, às vezes tendo a sensação que muitos estão tendo um remédio demasiado amargo estando até hoje encarcerados, talvez desproporcional”, descreve ele no documento.
 
O religioso quer que essas pessoas aguardem o resultado das investigações em liberdade e pede que a conduta de cada uma delas seja punida na mesma proporção dos crimes que venham a ter cometido.
 
“Está claro que houve uma maldade impetrada contra os prédios dos Três Poderes, que pessoas completamente alucinadas investiram nessa depredação, como também se vê que o efeito manada aconteceu, por isso que digo que a boa investigação e a individualização de conduta, vão esclarecer”, pede no seu ao Supremo.
 
A Pastoral Carcerária, entidade social que Frei Rogério coordena, acompanha a situação da população carcerária há mais de 50 anos em Brasília e em todo o país.

Agentes da Pastoral realizam visitas religiosas, lutam pelos direitos humanos dos presos e acompanham as famílias dessas pessoas.


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