O presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Cleber Pires classificou como “irônico, desproposital e fora da realidade” o recente discurso do governador Rodrigo Rollemberg quando afirmou que não iria ficar conhecido como o governador que quebrou Brasília.
Rollemberg afirmou isso durante uma coletiva a imprensa para anunciar que não iria conceder a terceira e última parcela do reajuste prometido aos servidores porque o governo precisaria manter o funcionamento dos serviços públicos.
“Ele já quebrou Brasília e talvez não saiba”, disse ao Radar o representante da classe empresarial do DF ao destacar a eficiência do governo para cobrar os impostos da população e a incompetência para aplicar os recursos arrecadados em favor do contribuinte.
Ele disse ser “degradante” a gestão de Rodrigo Rollemberg e preocupante para toda a sociedade produtiva do Distrito Federal por estar levando o setor à quebradeira. “Este ano, 15 mil empresas fecharam as portas no DF, número que assusta quem ainda está de pé e pode triplicar no próximo ano se o governador não mudar essa gestão capenga comandada por teóricos e intelectuais que estão afundando Brasília”, disse Pires.
De janeiro até as 15:30hs desta quarta-feira (26), o valor pago pelos brasilienses em impostos neste ano alcançou R$ 108.184.950.648,90, com um aumento de 0,96% em relação a arrecadação registrada no mesmo período do ano passado que foi de R$107.160.477.009,46, segundo o impostômetro da ACDF.
Ele apontou que todos os hospitais do DF estão um caos com pessoas padecendo sem poder fazer cirurgias de emergências. “Em Santa Maria tem um senhor que chegou ao hospital com um problema na perna e está na eminência de amputa-la por falta de uma cirurgia em um cidadão que contribuiu com seus impostos a sua vida inteira. Conheço outro cidadão que encontra-se no hospital de Ceilândia com o braço quebrado e não tem uma previsão de quando fará a cirurgia. Isso é desumano”, afirmou Cleber Pires.
Apesar de tudo, o presidente da ACDF acredita que ainda a tempo do governador acertar. “É só ter coragem de mudar a gestão”, disse.