O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (25), para fixar prazo para que o Congresso aprove uma lei para atualizar o número de deputados por estado, de acordo com a quantidade de população de cada unidade da federação, inclusive do Distrito Federal. Os magistrados seguiram o voto do relator da ação, Luiz Fux.
De acordo com o voto de Fux, a legislação deve ser aprovada até 25 de junho de 2025. A atualização do número de cadeiras por unidade federativa deve levar em consideração os dados do Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, deve ser respeitado o número máximo de 513 deputados.
A decisão deve alterar a composição das bancadas. A regra deve valer para as eleições de 2026, com início de mandatos em 2027. Caso os parlamentares não acatem a decisão até o prazo estabelecido, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizar as alterações até outubro de 2025.
O Supremo analisa uma ação apresentada pelo governo do Pará, que alega que uma lei de 1993 prevê limite máximo e mínimo de parlamentares, mas não detalha como deve ser a distribuição por estados. A maioria dos ministros entende que o Congresso se omitiu em legislar e isso causa prejuízos para o regime democrático e a participação popular nas decisões da vida política nacional.
Até agora, os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes acompanharam o voto do relator. A lei prevê o máximo de 70 deputados por unidade da federação e no mínimo 8. O governo do Pará afirma que a legislação não prevê mudanças quando a quantidade de população é alterada.
Atualmente, apenas São Paulo tem o máximo de 70 deputados. Mas o Distrito Federal, terceira capital mais populosa, por exemplo, tem o mínimo de oito.