O governo do Estado de Goiás entregou na sexta-feira (25) um total de 35 títulos definitivos de domínio de terras a produtores rurais de seis municípios do Nordeste Goiano.
O documento atesta a propriedade das áreas, além de possibilitar o acesso a políticas públicas de estímulo ao setor e financiamentos.
Também foram entregues 42 contratos de crédito rural para agricultores familiares. A ação é da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Durante evento com a presença dos beneficiários, Caiado defendeu que a regularização é uma ferramenta para emancipar pequenos agricultores da região.
TERRAS – “O Nordeste Goiano tem dois milhões de hectares a serem abertos para desenvolver a agropecuária goiana. Mas como o cidadão vai ter acesso a crédito sem a propriedade da terra? É como se não tivesse identidade”, afirmou Caiado.
O governador reforçou ainda que as cidades são consideradas prioritárias para investimentos em diversas áreas, como saúde, educação e infraestrutura, além do campo.
“Temos várias pequenas fábricas de beneficiamento de mandioca e agora temos 10 famílias de agricultores já atendidas pelo projeto de fruticultura do Vão do Paranã”, disse.
Os títulos são referentes a 10 mil hectares de terras devolutas, ou seja, que pertenciam ao Estado, em Alto Paraíso, Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma, São João D’Aliança e Teresina de Goiás.
O agricultor Jales Teles da Silva, de 55 anos [na imagem que ilustra esta reportagem] foi um dos beneficiados com a medida, aguardada há décadas.
“Entrava governo, saía governo e nada. Hoje sim a gente vai poder dizer que a terra é nossa. O gerente do banco vai me olhar diferente, porque agora sou proprietário”, comemorou.
De acordo com a Seapa, desde 2019 o programa Regulariza Campo entregou 256 títulos de propriedade no estado, totalizando 65,7 mil hectares regularizados.
Os números superam a marca registrada nos 12 anos anteriores. Para o secretário Pedro Leonardo Rezende, o impacto será positivo na economia.
“Isso porque o estado tem a sua base econômica fundamentada no agronegócio. Ano passado, produzimos cerca de 30 milhões de toneladas de grãos, mas temos potencial para dobrar essa capacidade”, pontuou.
CRÉDITO RURAL – Já os 42 contratos de crédito fundiário atendem a produtores de três municípios, sendo 19 beneficiários de Cachoeira Alta, 19 de Guarinos, no Vale do São Patrício, e quatro de Itapirapuã.
A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que oferece financiamento para compra de imóvel ou equipamento rural.
A Seapa, recriada na gestão Caiado, também é a responsável pela operacionalização do PNCF junto aos trabalhadores.