Apesar de saírem da Assembleia realizada em frente ao Paço Municipal na manhã desta terça-feira (26) com deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (2), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) deu o ultimato e espera uma nova proposta a fim de evitar a paralisação da categoria.
A presidente do Sintego, deputada estadual Bia de Lima garante que a categoria não deseja cruzar os braços, apesar da deflagração da greve. A expectativa é que o Paço Municipal possa apresentar algo satisfatório até sexta-feira. “Se até lá, apresentarem uma boa proposta, vamos nos reunir novamente e podemos suspender a greve. Se não, a greve já foi anunciada e do ponto de vista jurídico está tudo certo”, salientou.
Ela ainda pontuou que os impactos da decisão são muito negativos para todos os atores no processo, mas que é uma saída necessária no contexto atual. “A greve é prejudicial às mães, às crianças e principalmente aos funcionários porque são eles que estão no dia-a-dia e depois vão ter de repor. Ninguém quer greve mas chega um momento que não tem outro caminho”, salientou.
Na pauta, as principais demandas são: 6% de reajuste na data-base, construção de um novo plano de carreira e auxílio-locomoção. “A categoria deu uma demonstração muito séria de que a partir da próxima segunda-feira vai ser greve na rede municipal de Goiânia. Não por conta do esforço de diálogo e de resolver o problema sem chegar a esse extremo”, destacou.
Rogério Cruz não acredita que greve seja consolidada
Questionado, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) descartou a possibilidade de greve dos servidores da Educação em Goiânia. “Acredito que não vai ter greve. O administrativo sabe da responsabilidade e o processo tem sido realizado com todos os servidores da prefeitura”, comentou rapidamente o prefeito durante a inauguração da nova Praça do Trabalhador na manhã desta terça-feira (26).
O que diz a Secretaria Municipal de Educação?
Por meio de nota, a Secretaria de Educação diz que avalia uma proposta à categoria e que está com “diálogo aberto”, a queda na arrecadação, no entanto, dificulta qualquer reajuste no atual momento.
Segue o posicionamento na íntegra:
– O município avalia com responsabilidade fiscal e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue aberto ao diálogo com a categoria.
– A Secretaria Municipal de Educação (SME) enviou as propostas apresentadas pelos profissionais à Secretaria Municipal de Administração (Semad) para estudo e avaliação do impacto orçamentário-financeiro.
– É importante destacar que projeções da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) apontam queda na arrecadação e a possibilidade de que o município alcance o limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
– Diante desse cenário de quedas vertiginosas de repasses, a prioridade é cumprir com os valores previstos no orçamento público, reduzir as despesas de custeio e priorizar as ações que visam a manutenção do equilíbrio das contas públicas.
– Por fim, o município destaca que a valorização dos profissionais também é uma prioridade. A gestão criou o vale locomoção e trabalha na elaboração do plano de cargos da categoria. Além disso, quitou três data-base e cumpre o pagamento da folha dentro do mês trabalhado, garantindo os direitos já adquiridos pelos servidores.
Com informações