Em razão da falta do que chamou de uma “proposta concreta” da prefeitura de Goiânia, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintego) realizou assembleia, na manhã desta sexta-feira (29), em que os servidores administrativos da Secretaria Municipal de Educação confirmaram que entrarão em greve na próxima segunda-feira (2).
“A rede municipal estará em greve até que a prefeitura apresente uma proposta que venha ao encontro do que querem os servidores administrativos, que é a valorização profissional, a data-base, o plano de carreira, o auxílio-locomoção. Esses são os pontos que estamos reivindicando”, diz a deputada estadual Bia de Lima, que é também presidente do Sintego.
Os administrativos exigem reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023, um novo plano de carreira e a equiparação no auxílio locomoção, que hoje é de R$ 300 e os profissionais pedem que seja de R$ 600, o mesmo valor para professores.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) diz que “avalia com responsabilidade fiscal e técnica as demandas apresentadas”. Além disso, afirmou que segue o diálogo com o sindicato e que pagou três data-base, além de cumprir o pagamento da folha.
Os servidores haviam decidido pela greve no dia 26 de setembro, mas deram para prefeitura um prazo até essa sexta para que uma proposta fosse apresentada, o que suspenderia a paralisação.
Nota da SME:
“O município avalia com responsabilidade fiscal e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue aberto ao diálogo com a categoria.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) enviou as propostas apresentadas pelos profissionais à Secretaria Municipal de Administração para estudo e avaliação do impacto orçamentário-financeiro.
É importante destacar que projeções da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) apontam queda na arrecadação em decorrência dos repasses do governo federal e a possibilidade de que o município alcance o limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Diante desse cenário de quedas vertiginosas de repasses federais, a prioridade é cumprir com os valores previstos no orçamento público, reduzir as despesas de custeio e priorizar as ações que visam a manutenção do equilíbrio das contas públicas.
Por fim, o município destaca que a valorização dos profissionais também é uma prioridade. A gestão criou o auxílio locomoção de R$ 300 e trabalha na elaboração do plano de cargos da categoria. Além disso, quitou três data-base e cumpre o pagamento da folha dentro do mês trabalhado, garantindo os direitos já adquiridos pelos servidores.”