Eles são responsáveis por transmitir conhecimento e por moldar o futuro das gerações por meio da educação. Muitas vezes, se tornam amigos e mentores dos estudantes. Na rede pública de ensino do Distrito Federal, são 37.188 mil profissionais entre efetivos e temporários com a missão de educar os 463.778 estudantes das 833 escolas públicas do DF.
No Dia do Professor, comemorado neste domingo (15), a Secretaria de Estado de Educação (SEE-DF) presta uma homenagem aos docentes da rede e conta a história de dois educadores, um homem e uma mulher de diferentes etapas do ensino, diferentes idades e de diferentes Coordenações Regionais de Ensino (CRE). Em comum, eles têm a dedicação e o amor pelo magistério, além da disposição de se reinventar para tornar a educação ainda mais atrativa e saudável.
A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, manda um recado especial para todos os profissionais que fazem valer a pena cada segundo dentro da sala de aula. “Professores desempenham papel crucial na formação de indivíduos e, por consequência, na construção de uma sociedade mais justa, mais humanizada e capacitada. Por isso, comemorar esse dia é uma forma de reconhecer e valorizar a dedicação e o esforço desses profissionais que buscam sempre o melhor para seus estudantes. A data também incentiva a reflexão sobre a educação, seus desafios e oportunidades de transformação de vidas”, afirma.
Aulas de motivação
O professor Valter Nei Lima tem 60 anos. Só de carreira são 43 anos de experiência e incontáveis histórias para contar. Natural de São Paulo, ele chegou a Brasília ainda na adolescência e, aos 18 anos, teve seu primeiro contato com os alunos. “Me descobri professor quando, pela primeira vez, entrei em uma sala de aula para substituir uma amiga que era professora de Inglês. Nesse período, junto com os alunos, entendi meu objetivo de vida, minha vocação não seria outra coisa se não o magistério”, conta Nei.
Formado em língua portuguesa e inglesa pela Universidade de Brasília (UnB), Nei iniciou sua jornada com aulas preparatórias para vestibular para os alunos do Ensino Médio. Servidor da Secretaria de Educação há 10 anos, Nei Lima se sente realizado.
Há pelo menos cinco anos, ele percebeu que poderia fazer algo ainda mais significante para os alunos que estavam em transição para o Ensino Médio e, atualmente, o professor dá palestras sobre o Novo Ensino Médio (NEM) para estudantes do 9º ano. Elas reúnem cerca de 300 alunos todos os anos no auditório da Coordenação Regional (CRE) do Núcleo Bandeirantes. “Uma das tarefas que assumi foi levar para os alunos do 9º ano motivação para que eles prossigam para o Ensino Médio não só na figura de um aluno, mas de um excelente estudante capaz de projetar seu futuro”.
Para Nei, o desenvolvimento dos alunos após as palestras é significativo. “Falo sobre os novos desafios e missão de escolher uma profissão. Tenho encontrado muitos profissionais que foram meus alunos, hoje trazem os filhos e me agradecem por eu continuar seguindo com meus objetivos de motivação. Isso não tem preço que pague”, finaliza.
Perguntado sobre como se sente sendo professor, ele responde: “Ser professor é descobrir que, de repente, você também aprendeu, e essa é a verdadeira motivação para continuar sendo professor. Saber conquistar os alunos e não cair na rotina. É preciso ser inovador e fazer com que cada encontro seja uma novidade”, explica.
Mais que professora, uma companheira
Professora de artes, Aline Menezes, 44 anos, também começou cedo no magistério, com apenas 17 anos de idade. Ela se formou na faculdade Dulcina de Moraes e, há pelo menos 20 anos, vem se dedicando à Educação Infantil pela Secretaria de Educação do DF. Filha também de professora, Aline diz que trabalhar cedo era uma necessidade. “Comecei cedo no magistério, tive alunos de todas as etapas e modalidades, mas foi na Educação Infantil que me encontrei. Nessa etapa de ensino, eu aprendi muito com meus alunos e amadureci”, conta.
Sobre os desafios do magistério, Aline explica que errar faz parte do processo de aprendizagem. “Eu já fui professora de alunos mais velhos e foi necessário me moldar para ensinar a eles Para cada faixa etária você precisa se adaptar ao aluno e isso implica em errar, ensinar e acima de tudo aprender com os esses erros. Tudo isso faz parte desse processo de aprendizagem”, explica Aline.
A professora conta que o maior prazer da profissão é poder encontrar com ex-estudantes e enxergar que o trabalho do professor tem resultado. “É gratificante. Hoje, tenho ex-alunos que atualmente são professores, advogados, médico, fisioterapeuta, engenheiro”, diz. “Me sinto muito orgulhosa em saber que fiz parte da vida desses profissionais. É uma alegria sem precedentes, me sinto muito realizada”, ressalta.
Aline atualmente é gestora no Jardim de Infância 02 do Cruzeiro e é companhia certa nas brincadeiras com as crianças. Na semana em comemoração ao Dia das Crianças mesmo, comandou o banho de mangueira dos alunos. “Faço o que eu amo, sou uma pessoa muito feliz trabalhando na educação. É delicioso ver o desenvolvimento das crianças, a descoberta dos jovens que estão iniciando a vida adulta e ver que eles têm um caminho inteiro pela frente e que é a educação que poderá direcioná-lo com sucesso para a vida inteira”, finaliza.
*Com informações da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE-DF)