A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou ao Correio que subiu para sete o número de mortos decorrentes do acidente na BR 070, na noite de sábado (21/10). Quatro vítimas morreram no local do acidente e outras três durante o socorro e no Hospital de Base. São duas mulheres, de 44 e 57 anos, e um homem de 71 anos.
O filho do proprietário do ônibus, em situação ilegal, foi preso em flagrante, na condição de motorista do ônibus, junto com o pai dele. Felipe Alexandre Gonçalves Henriques e Alexandre Henriques Camelo foram ouvidos pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e responderão na justiça por homicídio qualificado. No momento do acidente, 32 pessoas eram transportadas pelo ônibus — sete morreram e 15 ficaram feridas.
No caso de acidente de trânsito com vítimas fatais, formalizado flagrante na 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), há especificação da lesões corporais ocasionadas, além de homicídio doloso. Estão sinalizadas as responsabilidades por violações do código penal, especificamente do artigo 121 (causar morte) e 129, que aponta a causa de lesões em terceiros.
Os autuados foram recolhidos junto à Divisão de Controle e Custódia de Presos e ficaram à disposição do Poder Judiciário.
A equipe da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estava no posto da Polícia Rodoviária, com o objetivo de apurar irregularidade no transporte de passageiros. Vindo do Maranhão, o motorista do ônibus em situação irregular soube que o veículo seria apreendido quando parasse na Rodoviária de Taguatinga. No trajeto, o proprietário do ônibus, que estava em outro veículo, teria dito aos fiscais que o motorista do ônibus se dirigiria para a Polícia Federal, e não mais para a rodoviária designada. Nisso, em processo de fuga, um dos três motoristas do ônibus teria causado o acidente, a seguir em disparada, com pneus carecas e diante da pista molhada por chuva.