O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) enviou nesta 2ª feira (13.nov.2023) um pedido à PGR (Procuradoria Geral da República) para afastar Flávio Dino do cargo de ministro da Justiça. O pedido se deu depois da notícia de que Luciane Barbosa Farias, mulher do líder do CV (Comando Vermelho), participou de reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O pedido se deu depois da notícia de que Luciane Barbosa Farias, mulher do líder do CV (Comando Vermelho), participou de reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Luciane é mulher de Clemilson dos Santos, apelidado de Tio Patinhas. Conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, ela se encontrou com 2 secretários do ministério em 2023, nas dependências da pasta.
Em sua representação, Flávio Bolsonaro pede à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos, que investigue o ministro Flávio Dino por crime de responsabilidade, prevaricação e “condescendência criminosa”.
No documento, o senador afirma que Luciane é acusada de ser mandante de assassinatos, além de desempenhar funções como lavagem de dinheiro, ocultação de valores oriundos do narcotráfico, aquisição de veículos de luxo, imóveis e a constituição de empresas laranjas.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugere ainda a existência de uma agenda “paralela” e “oculta” de Dino com criminosos. O senador acusou o ministro de violar os princípios da publicidade e da transparência.
Os encontros dos secretários do Ministério da Justiça com Luciane foram divulgados primeiramente pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a reportagem, ela esteve nos encontros como presidente da ILA (Associação Instituto Liberdade do Amazonas), indicada pela polícia do Amazonas como ONG que atua em prol de presos do Comando Vermelho e que é financiada com dinheiro do tráfico.
Flávio Bolsonaro já havia questionado em seu perfil no X (ex-Twitter) se foi Luciane que “intermediou” a ida de Dino ao complexo da Maré “sem aparato policial”. O senador adiantou que protocolaria uma representação conta Dino no MPF para investigar a sua “possível associação” ao Comando Vermelho.