19/12/2023 às 08h56min - Atualizada em 19/12/2023 às 08h56min

Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? 1 João 4:20

E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão. 1 João 4: 21

Vital Furtado
Correio de Santa Maria
Foto Ilustração

No tecido complexo da existência, onde nossas crenças se entrelaçam com a realidade palpável, surge uma reflexão profunda sobre a natureza do amor e da fé. "Se alguém diz: 'Eu amo a Deus e odeia ao seu irmão, é mentiroso. Como pode odiar ao seu irmão a quem vê e amar a Deus a quem nunca viu?'" - estas palavras ecoam como um chamado à coerência entre a devoção divina e a manifestação do amor terreno.

A interconexão entre nossa relação com Deus e nossos vínculos humanos revela uma verdade intrínseca: o amor autêntico não pode existir em isolamento. Quando alguém professa amor divino, mas nutre ódio por seu semelhante, surge uma contradição que abala a base da sinceridade espiritual. Amar a Deus transcende a adoração ritualística; envolve reconhecer a divindade no próximo, naqueles que encontramos diariamente.

A analogia entre o amor
 pelo irmão visível e a fé em Deus invisível destaca a importância da prática do amor concreto. Como podemos afirmar amar a Deus, cuja presença é espiritual e intangível, enquanto negligenciamos o amor pelos nossos irmãos, cuja presença é tangível e real?


A verdadeira devoção se traduz em atos de bondade, compaixão e respeito pelos outros, refletindo a essência do amor divino em nosso cotidiano.

A mentira se desvela quando a harmonia entre a fé professada e a vivência diária é rompida. O desafio está em transformar as palavras em ações, em irradiar o amor divino através do tratamento respeitoso e compassivo com nossos irmãos humanos.
Essa coexistência de amor fraterno e devoção divina não apenas fortalece nossa jornada espiritual, mas também contribui para a construção de um mundo mais compassivo e justo.

Assim, somos 
chamados a refletir sobre a autenticidade de nossas ações, a garantir que nosso amor por Deus seja um catalisador para o amor pelos outros. Pois, no encontro diário com nossos irmãos, encontramos oportunidade de traduzir a fé em ações palpáveis, construindo um testemunho vivo da interconexão entre o divino e o humano.


Nesse equilíbrio, reside a verdadeira expressão do amor que transcende barreiras visíveis e invisíveis.


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