A Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (SES-DF) inspecionou 2.691.661 imóveis entre janeiro e dezembro deste ano para combater o mosquito Aedes aegypti. Desse total, 315.815 receberam tratamento – como o uso de larvicidas para eliminar os criadouros – e 433.801 estavam fechados ou tiveram a entrada dos agentes recusada pelos proprietários.
O chefe substituto da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da SES-DF, Hélio Ferreira, afirma que o número de visitas em 2023 foi maior em relação ao ano passado devido a um trabalho de intensificação no monitoramento. “Superamos em quase 20 mil o número de visitas de 2022 e o trabalho dos agentes de Vigilância Ambiental foi indispensável para evitar o criadouro e a proliferação do Aedes aegypti”, explica o gestor.
Diariamente, os agentes vão às residências e aos estabelecimentos comerciais para orientar moradores e comerciantes e, quando necessário, atuam com o tratamento adequado.
Casos da doença
De acordo com a pasta, durante 2023, foram notificados 35.542 casos prováveis em residentes do Distrito Federal e um aumento progressivo do número de probabilidade de dengue nas últimas 8 semanas, com pico para a segunda quinzena de novembro, registrando 1.842 casos.
O cuidado deve ser redobrado com os grupos mais suscetíveis a ter complicações, como crianças e idosos. A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus pertencente à família dos flavivírus e é classificado no meio científico como um arbovírus. São conhecidos quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Ferreira explica que, de outubro a dezembro, o DF apresentou um aumento nos casos do sorotipo DENV-2 e ressalta que isso é preocupante, pois, desde o ano passado, o sorotipo circulante era o DENV-1. “O vírus do tipo 2 é mais agressivo. Com ele, o paciente apresenta sinais graves rapidamente. A população que já contraiu dengue uma vez pode ser afetada novamente”, alerta.
Cuidados
A respeito dos cuidados, Hélio Ferreira orienta que é primordial evitar a água parada, colocar areia nos vasos de plantas, não acumular pneus e qualquer recipiente que possa servir como depósito de ovos do mosquito. “Além disso, existem outras medidas, como por exemplo, o uso de repelentes e roupas de manga longa, utilização de telas e mosquiteiros”, aconselha.
A Vigilância Ambiental do DF conta com 762 profissionais que se dividem nas atividades de combate ao Aedes aegypti. São 15 Núcleos de Vigilância Ambiental que atendem as Regiões Administrativas (RAs). Os profissionais são divididos em duplas e seguem o itinerário das inspeções domiciliares das cidades. As visitas ocorrem todos os dias úteis. Outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) também são aliados nesse combate, como o Corpo de Bombeiros (CBMDF), Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal), Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), entre outros.
Além das visitas, a Vigilância Ambiental utiliza outros recursos contra o inseto, como as armadilhas, ações educativas e a aplicação do inseticida conhecido como fumacê. “O objetivo do fumacê é matar o mosquito na fase adulta. Por isso, a aplicação ocorre nos locais em que há maior incidência de casos e comprovação pelas equipes”, conta.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue são febre alta, acima de 38°C, dores no corpo, nas articulações e atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, manchas vermelhas no corpo. As unidades básicas de saúde (UBSs) são referência para o primeiro atendimento e têm profissionais aptos à avaliação dos sintomas.
*Com informações da Secretaria de Saúde