A advogada Amanda Partata, de 31 anos, indiciada por matar o ex-sogro e a mãe dele, estava frequentando uma academia enquanto mentia estar com mal-estar por causa de desconfortos de uma suposta gravidez. Segundo a investigação, ainda não é possível confirmar se ela estava grávida ou se a gestação era forjada.
Câmeras de segurança mostram a advogada usando os aparelhos da academia. Amanda disse em depoimento que tinha preocupações em relação a gravidez e relatou que teria ido ao hospital no mesmo dia em que estava se exercitando. No entanto, o inquérito policial apontou que Amanda chegou a ficar cerca de uma hora correndo na esteira.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou Amanda Partata por duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio qualificado contra o tio e o avô do ex-namorado. Em nota, a defesa da advogada informou que vai se pronunciar somente em juízo devido à complexidade das imputações.
Veneno na comida
No dia 17 de dezembro, Amanda foi até a casa da família do ex-namorado e levou uma cesta de café da manhã. De acordo com a Polícia Científica, a advogada comprou 100ml de veneno e colocou a substância em dois potes de bolo de uma famosa doceria de Goiânia. A corporação informou que o veneno é letal e não tem sabor ou odor.
Leonardo Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86 anos, morreram envenenados. Conforme a Polícia Civil, o crime teria sido motivado pelo sentimento de rejeição após o fim do namoro com o filho de uma das vítimas. O relacionamento durou menos de dois meses.
Carlos Alfama, delegado que representa o caso, disse que a advogada acreditava que o maior medo do ex-namorado era perder os familiares e, pela vontade de causar sofrimento no ex, teria envenenado os parentes dele. Amanda está presa desde o dia 20 de dezembro.