O Governo do Distrito Federal (GDF) deu início a uma operação emergencial de retirada de resíduos verdes no Plano Piloto, nesta segunda-feira (22). O objetivo da ação é eliminar possíveis focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue e outras doenças. O recolhimento, feito inicialmente pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), começou pelas quadras 700 da W3 Sul. A partir da próxima semana, o serviço passa a ser executado por empresas contratadas por licitação em todo o Distrito Federal.
A ação emergencial conta com cerca de 20 trabalhadores e apoio de três pás-carregadeiras de porte pequeno e dez caminhões caçamba. Cada caminhão tem capacidade para aproximadamente 12 metros cúbicos de resíduo. Após a coleta nas quadras 700 Sul, máquinas e funcionários seguirão para as quadras 500 Sul e outras regiões.
O chefe do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap, Raimundo Silva, ressalta a importância da coleta dos resíduos para a saúde pública. “Esse é mais um esforço para o combate à dengue, já que pode haver o acúmulo de água parada onde tem resíduo verde”, pontua.
Na última sexta-feira (19), a companhia anunciou a contratação de empresas para o recolhimento de restos de podas e galhadas. A operação terá um custo anual de R$ 11.887.655,80 e será dividida em seis lotes, abrangendo todas as regiões do DF. A Novacap planeja iniciar com 14 frentes de coleta diária, em coordenação com as administrações locais para determinar pontos de coleta e cronogramas otimizados.
A coleta de resíduos verdes e outros serviços, como poda de árvores e construção de calçadas, pode ser solicitada pela Ouvidoria-Geral do Distrito Federal
Os galhos e outros materiais vegetais recolhidos serão triturados e levados ao Viveiro II da companhia, onde serão transformados em compostos utilizados em canteiros ornamentais, áreas verdes e no apoio a pequenos produtores rurais. A medida vale tanto para a operação emergencial quanto para a coleta feita pelas empresas contratadas.
O chefe do DPJ afirma que a população deve ser conscientizada sobre a frequência e o local adequado para o despejo do resíduo. “Teremos uma reunião com os administradores regionais para falar sobre o descarte, que deve ser feito de forma organizada em um local acessível para os caminhões. Esses veículos não podem subir nas calçadas, já que são muito pesados. Também é importante que as pessoas coloquem o resíduo na rua na véspera da coleta, para que não fique exposto na rua”, salienta Silva.
Feedback
O recolhimento dos galhos e podas tem sido bem recebido pela população. O aposentado Fernando Torres, 58 anos, acredita que o acúmulo de resíduos prejudica as paisagens da cidade. “Como eu só ando a pé por aqui, reparo muito no nosso bairro. O pessoal deixa os galhos nas calçadas e fica ruim para o pedestre”, diz. “Essa ação é muito boa, vai deixar a cidade mais bonita e ainda serve para evitar novos pontos do mosquito da dengue”, completa.
Para o agrimensor Hugo Henrico França, 30, a retirada de resíduos verdes é uma forma de evitar o descarte irregular de lixo. “O pessoal costuma deixar uns montinhos de galhos por aqui e já aconteceu de vir alguém e atear fogo. Também já vi gente jogando lixo perto de onde tem os galhos amontoados”, alerta. “É muito positivo que tenha essa atenção ao bairro, é um cuidado importante”.
Participe!
A coleta de resíduos verdes e outros serviços, como poda de árvores e construção de calçadas, pode ser solicitada pela Ouvidoria-Geral do Distrito Federal, no site ou, ainda, pelo telefone 162.
As administrações regionais também recebem demandas da população em relação à infraestrutura das cidades, como no caso de queda de galhos, entupimento de bueiros e bocas de lobo, e mais. Veja aqui o endereço e o contato de cada uma.