Empresário de Jataí é condenado a 27 anos de prisão por mandar sequestrar e matar namorada

​Empresário condenado por mandar sequestrar e matar a namorada negou que encomendou o crime. (Foto: reprodução)

O empresário residente na cidade de Jataí, Fabiano Antônio Falquetto, foi condenado a 27 anos de prisão por mandar sequestrar e matar a então namorada Tálita Cristina Marçal da Silva. Além dele, o executor do feminicídio,

Diego Vitor Alves Marçal, foi condenado a 18 anos de reclusão. O crime aconteceu em abril de 2014 e as condenações foram proferidas na quarta-feira (24), em um Júri Popular que durou cerca de 22h.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), Fabiano e Tálita se relacionaram por cerca de três anos. Em abril de 2014, após um suposto desentendimento na relação, o empresário contratou Diego e um segundo autor (já morto) para sequestrar e matar a vítima.

Conforme consta nos autos, a mulher foi conduzida de Jataí até Goiânia em um carro pertencente a Fabiano, que havia contratado os dois homens pelo valor de R$ 4 mil.

Ainda segundo relatado na denúncia, após passarem a noite junto com a vítima em um hotel na capital goiana, os criminosos, sob a indicação de um menor que estava encarregado de revender o carro do empresário, levaram Tátila até uma pedreira, na cidade de Aparecida de Goiânia, onde cometeram o crime. No local, Diego teria usado uma arma de fogo para atirar no rosto da vítima.

O corpo da mulher só foi encontrado três dias depois do assassinato. O revólver, calibre 32, nunca foi localizado. Além do tiro, o laudo cadavérico apontou ainda lesões na região do tronco da jovem, provocadas por um instrumento cortante.

Durante as investigações, Diego confessou o crime e revelou que o mandante era o empresário que namorava a vítima. No júri popular, ele voltou a confessar o delito e pediu perdão à mãe da vítima que estava presente ao julgamento. Já o empresário negou a mentoria e contratação do crime.

O juiz Filipe Luís Peruca fixou a pena de Fabiano em 27 anos e 5 meses de prisão e a de Diego em um total de 18 anos, 10 meses e 15 dias. As penas deverão ser cumpridas em regime inicialmente fechado.