30/01/2024 às 05h39min - Atualizada em 30/01/2024 às 05h39min

Curso gratuito mostra como oferecer acessibilidade em produtos culturais

Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), especialização online ensinará aos participantes como incluir audiodescrição e Libras, entre outras estratégias, em eventos e projetos

​Interessados podem se inscrever até 15 de fevereiro | Arte: Secec-DF

Estão abertas as inscrições para o primeiro módulo do curso de Acessibilidade Cultural, iniciativa promovida com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). A especialização gratuita será online e ensinará como oferecer acessibilidade em eventos, projetos e espaços culturais.
 
O prazo de inscrições termina em 15 de fevereiro. As aulas serão ministradas entre 19 de fevereiro e 13 de março, sempre às segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h30. O segundo módulo abordará audiodescrição e terá as inscrições abertas em 5 de fevereiro com aulas entre 5 e 28 de março.

Acessibilidade
Em ambos os módulos, a carga horária total é de 20 horas/aula, dividida em oito encontros de 2h30. A oferta é de 40 vagas, das quais 20% são destinadas a pessoas com deficiência (PcDs). Haverá interpretação em Libras e materiais com audiodescrição. Quem completar 75% da carga total receberá um certificado. O único critério de participação é ter 18 anos ou mais.

“São ações que fortalecem a nossa autonomia e acesso à cultura”Fernando Rodrigues, consultor do curso

Haverá a participação de cinco convidados para abordar os principais tópicos da perspectiva da pessoa com deficiência. “Queremos mostrar as reais necessidades desse público e o que os produtores precisam fazer para tornar o evento e o espaço acessível de fato”, explica a idealizadora do projeto e facilitadora do primeiro módulo, Cássia Lemes. “Junto a isso, levamos educação para quem desejar trabalhar como consultor também”. O curso é promovido pela Maria Maria Produções.

Inclusão e autonomia
Fernando Rodrigues, que é deficiente visual, será um dos consultores. Ele salienta a importância de pensar projetos de forma inclusiva. “É preciso um planejamento para receber uma pessoa com deficiência do jeito certo”, aponta. “São ações que fortalecem a nossa autonomia e acesso à cultura”.
 
Para eventos presenciais, as principais estratégias são o treinamento dos recepcionistas e demais funcionários para guiar o deficiente visual se necessário, a contratação de audiodescritores, instalação de placas em Braille e com letras ampliadas – para facilitar a leitura de pessoas com baixa visão – e o uso de piso tátil. Já eventos online deverão apostar na audiodescrição, bem como em materiais em PDF ou .txt que podem ser lidos por leitores de tela, e no uso de plataformas adaptadas ao público.

Dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2021 revelam que, à época, o Distrito Federal reunia mais de 113 mil pessoas com algum tipo de deficiência, equivalente a 3,8% da população com dois anos ou mais. Entre elas, 43,2% possuíam deficiência visual; 22,6%, múltipla; 19,8%, física; 7,2%, auditiva e 7,2%, intelectual/mental.


 
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