Após a operação Tempus Veritatis, deflagrada no último dia 8 pela Polícia Federal e a retirada de sigilo por parte do ministro Alexandre de Moraes do vídeo da reunião ocorrida em julho de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu uma oração de um grupo de apoiadores neste sábado (10/2) de carnaval, em Mambucaba, Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O momento foi postado pelo ex-líder do Executivo nas redes sociais.
No vídeo, bolsonaristas erguem as mãos sob o presidente, enquanto uma apoiadora reza citando que "o presidente está passando por momentos difíceis".
"Mas a luta dele também é nossa luta pois somos todos brasileiros. Senhor, quero te pedir que teu Espírito Santo venha sobre teu filho trazendo força, renovo, tirando toda a agonia do coração".
"Que ele se mantenha de pé porque existe uma nação, um Brasil que conta com ele. Não tenho dúvidas que o Brasil foi escolhido para um grande avivamento, e, para que esse avivamento aconteça precisamos ser moídos e oprimidos e, através do seu filho aja a liberdade para esta nação brasileira, estamos dispostos a pagar o preço, mas não iremos recuar porque amamos o Brasil", diz, emendando que "não há mal que dure para sempre".
Ao final, Bolsonaro é ovacionado ao som de "mito" pelo grupo e cumprimenta os presentes com abraços.
Minuta
Em petição enviada ao ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (9/2), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que ele "não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular, certamente em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna de uso de lentes corretivas, razão porque pediu à sua assessoria a impressão do documento em papel".
Já sobre as falas retratadas no vídeo tornado público pelo ministro Alexandre de Moraes, a defesa alegou que são parte de "uma reunião rotineira".
A íntegra do vídeo em que mostra a reunião do então presidente Jair Bolsonaro e membros da alta cúpula de seu governo, ocorrida em 5 de julho de 2022. O momento está sendo investigado pela Polícia Federal como parte do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, após as eleições de 2022.
O encontro teria como finalidade cobrar dos ministros conduta ativa para atacar a Justiça Eleitoral, antes mesmo do primeiro turno das eleições.