Por isso, nomes como Aguinaldo Ribeiro (PP-B), líder do governo na Câmara, e André Moura (PSC-SE), líder do governo no Congresso, passaram o domingo ligando para parlamentares do colegiado com o objetivo de se certificar de que os deputados estarão presentes no Congresso. Ao final, eles conseguiram chegar a um número de 39 deputados que devem comparecer à CCJ.
“Ele quer acelerar o mais rápido possível. O País não pode ficar sangrando”, resumiu o deputado Fausto Pinato (PP-SP), presente no palácio.
Além disso, a base governista vai tentar rever um acordo fechado a respeito do rito da tramitação da denúncia para reduzir o tempo e o número de falas na comissão. Ficou acertado que os 66 titulares mais os 66 suplentes e outros 40 parlamentares têm direito a falar. Com isso, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), estima que a fase dos debates se estenda por três dias.
Caso não seja possível reduzir a quantidade de falas, o governo deve romper o acordo e apresentar requerimento de encerramento de discussão, que abrevia a parte dos debates, na quarta-feira ou na quinta-feira, para que a votação na CCJ seja na sexta-feira. O Palácio do Planalto quer que o plenário da Câmara decida sobre a denúncia no máximo até a segunda-feira, 17.
Além dos deputados, estiveram reunidos com o presidente os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional).
Temer também convidou para a reunião seus dois advogados de defesa, Gustavo Guedes e o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. Ficou definido que eles farão a sustentação oral da defesa logo após a apresentação do parecer do relator, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ).