Nunca houve propina. Houve apoio. Nunca houve 5%. Que 5% é esse? Que história é essa de que esses 5% era algo que vigia no governo? Que maluquice é essa?.
Foi assim que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) reagiu ao depor nesta segunda, 10, sobre suposto esquema de corrupção. Ele sustentou ter sido condenado à prisão pelo juiz Sérgio Moro partindo de uma “denúncia mentirosa” da Andrade Gutierrez. A afirmação foi feita ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio. Segundo Cabral, “tem delator que distorce tudo”.
Nunca houve propina. Houve apoio. Nunca houve 5%. Que 5% é esse? Que história é essa de que esses 5% era algo que vigia no governo? Que maluquice é essa?.
Foi assim que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) reagiu ao depor nesta segunda, 10, sobre suposto esquema de corrupção. Ele sustentou ter sido condenado à prisão pelo juiz Sérgio Moro partindo de uma “denúncia mentirosa” da Andrade Gutierrez. A afirmação foi feita ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio. Segundo Cabral, “tem delator que distorce tudo”.
“Fui condenado em Curitiba por denúncia mentirosa da Andrade Gutierrez, uma denúncia que não fica de pé. É completamente estapafúrdio”, queixou-se Cabral ao juiz.
Questionado sobre a prática de caixa 2 na arrecadação de campanhas, Cabral negou que tenha favorecido as empresas doadoras. O acusado defendeu que é possível constatar a disseminação da prática de doações ilegais na política brasileira através de depoimentos e denúncias divulgadas na imprensa.
“Reconheço que é uma distorção, que é um erro. Essas práticas políticas de caixa 2 foram disseminadas pelo Brasil por todos os partidos”, afirmou Cabral.
O ex-governador disse desconhecer os valores pagos por empresas citadas em depoimento por seu ex-assessor Ary Ferreira da Costa Filho. Costa Filho contou ter acompanhado o recolhimento de pagamentos de caixa 2 em espécie, que somavam mais de R$ 5 milhões de cada uma das empresas em cada uma das visitas.
O político reconheceu que entregou sobras de campanha a Costa Filho, mas que foram muito menores que os valores informados pelo ex-assessor à Justiça.
Costa Filho contou nesta segunda-feira em depoimento à Justiça que recebeu entre R$ 9 e R$ 10 milhões de sobras de campanha do PMDB. Segundo Cabral, ele morava em Vila Valqueire, no subúrbio do Rio, quando se conheceram. Hoje, o ex-assessor é apontado como proprietário de apartamentos de alto padrão em Miami e na praia da Barra da Tijuca, além de carros de luxo, como um Camaro
“Que eu tenha dado a ele algum tipo de apoio financeiro, certamente posterior à campanha, ok. Mas justificar essa emissão e compra desses imóveis, faça-me o favor, porque eu nunca soube disso”, declarou Cabral, sobre o volume que teria repassado ao assessor.
O ex-governador voltou a negar que recebesse 5% sobre os valores dos contratos fechados com as construtoras. “Nunca foi 5%, que 5% é esse? Que maluquice é essa? Que 5% é esse? Há colaborações, há apoios, reconheço”, disse ele, em depoimento.
O depoimento de Cabral, iniciado por volta de 11h10 da manhã, durou um pouco mais de uma hora. Hoje, ele respondeu às acusações pelo crime de lavagem de dinheiro, resultado da Operação Mascate. O ex-governador volta a prestar depoimento na próxima quarta-feira (12).
O interrogatório de sua mulher, Adriana Ancelmo, que estava inicialmente previsto também para esta segunda-feira, será conduzido na próxima quarta-feira.