06/03/2024 às 06h33min - Atualizada em 06/03/2024 às 06h33min

Salles prega voto nulo na eleição de SP e deputados pedem a Valdemar expulsão de deputado do PL

Ex-ministro de Bolsonaro não deve disputar a eleição municipal e a expectativa é de que se posicione contra todos os candidatos.

​Ricardo Salles — Foto: José Cruz/Agência Brasil Local: Brasília-DF

Os bastidores eleitorais de São Paulo estão levando a um ponto de ruptura dentro do PL, partido de Jair Bolsonaro, que pode terminar com a expulsão de um dos mais fiéis apoiadores do ex-presidente: o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP).
 
Segundo fonte ouvida pelo blog, caso Jair Bolsonaro decida oficializar o apoio a Ricardo Nunes (MDB) - tirando Salles da disputa pela prefeitura da capital paulista - o ex-ministro deve lançar uma campanha pelo voto nulo.
 
Na segunda-feira (4), de fato, Salles publicou um vídeo em uma rede social falando sobre o voto nulo quando "não se tem um candidato compatível".
 
Com esse cenário, deputados do partido pedem para que Salles seja expulso a partir do dia 6 de abril, dia em que se inicia a proibição para a mudança de partido para as eleições de 2024. Neste ano, a janela partidária - quando pode ocorrer a troca - vai de 7 de março a 5 de abril.
 
"Após o dia 6, entrando em outro partido, ele fica inelegível porque, para ser candidato, precisa estar filiado, no mínimo, 6 meses antes do pleito", diz uma fonte do PL.
 
No entorno de Bolsonaro, Ricardo Salles tem sido chamado de "Weintraub 2.0", em referência ao ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que desistiu da candidatura ao cargo de governador de São Paulo em 2022.
Em abril daquel ano, ele criticou o ex-presidente Bolsonaro em um áudio que viralizou nas redes sociais. Na fala, ele declarou que, se Bolsonaro fosse reeleito, "a gente continua piorando".
 
Ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Weintraub disse no áudio que "o presidente Bolsonaro, ao se aliar ao centrão, ele transformou um sonho que a gente tinha de mudança do país num pesadelo".
 
Após a repercussão do áudio, Weintraub declarou nas redes sociais que "jamais apoiaria Lula".


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