08/03/2024 às 06h17min - Atualizada em 08/03/2024 às 06h17min

Para não pagar dívida de R$ 250 mil, comerciante deu R$ 15 mil para pistoleiro matar empresário

Empresário morto tinha relações com comerciante há pelo menos 10 anos, segundo informações da Delegacia de Investigação de Homicídios

Momento em que empresário Bruno Lobo é executado (Foto: Reprodução)

Investigações da Polícia Civil indicam que o comerciante Edgard Silva Primo, de 30 anos, ofereceu R$ 15 mil a um conhecido, para que ele executasse a tiros um empresário, com quem mantinha negócios há 10 anos. Esta semana, o suspeito de ser o mandante do crime, que devia R$ 250 mil à vítima, e o atirador, foram presos pela Polícia Civil.

Fabricante e vendedor de queijo muçarela, Bruno Bailão Lobo, de 40 anos, segundo a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), mantinha relações comerciais com Edgar Silva Primo há pelo menos 10 anos. Como os dois já se conheciam desde 2009, o empresário emprestou, no final do ano passado, R$ 250 mil ao comerciante, e, recentemente, passou a cobrá-lo, para que quitasse o débito.

Incomodado com as cobranças, Edgard, ainda de acordo com o que foi apurado pela DIH, ofereceu R$ 15 mil para que Henrique Pacheco de Almeida, de 23 anos, que era seu amigo pessoal, executasse o empresário. Na manhã do último dia 15 de fevereiro, Bruno Bailão foi morto com sete disparos, efetuados à queima roupa, no momento em que chegou na porta de um laticínio, no Residencial Junqueira, bairro que fica às margens da GO 060, na saída para Trindade.

Câmeras de segurança, que registraram o assassinato, mostram que Edgard, que estava em uma camionete preta, ficou do outro lado da rua, atrás do carro do empresário, acompanhando a ação do pistoleiro, que fugiu em uma moto vermelha, sem placas. Além de prender os dois suspeitos, a DIH aprendeu duas motos, o revólver usado na execução, e uma pistola.

Edgar e Henrique responderão, presos, por homicídio qualificado, crime que tem pena que pode variar, de 12, até 30 anos de reclusão. Segundo a PC, o atirador não possuía antecedentes criminais, mas o comerciante já respondeu a processos por violência doméstica, receptação, e porte ilegal de arma de fogo. A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa dos dois presos, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.


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