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Nem os receios naturais de que a sentença de condenação de Lula a nove anos e seis meses de prisão por Sérgio Moro no caso do tríplex sofra reveses em instâncias superiores devem impedir os homens de bem de comemorar a vitória parcial da Justiça contra o comandante máximo do petrolão, como o chamou o procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato.
Os fogos de artifício que logo estouraram na região dos Jardins, em São Paulo, serviram de chamada espontânea para o ato de comemoração marcado em seguida nas redes sociais para o fim da tarde desta quarta-feira histórica, 12 julho de 2017, na Avenida Paulista.
Comemoremos, sim, hoje, amanhã, depois e até quando for necessário, porque a comemoração é não só uma forma de expressar o alívio com a potencial punição de um político corrupto que lavou dinheiro de propina, mas também de pressionar a oitava turma do TRF-4 e, acima dela, o STF a manter a decisão de primeira instância que lavou a alma do país.
Eu, Felipe, comentei dias atrás no vídeo “Lula é produto da ocupação de espaços” que ele cada vez menos suportava o fato de a imprensa noticiar a sujeira revelada pelos investigadores, em tal volume que não era mais possível varrê-la para baixo do tapete.
Nisto, um trecho da sentença de Moro é cristalino:
“O sucessivo noticiário negativo em relação a determinados políticos, não somente em relação ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parece, em regra, ser mais o reflexo do cumprimento pela imprensa do seu dever de noticiar os fatos do que alguma espécie de perseguição política a quem quer que seja. Não há qualquer dúvida de que deve-se tirar a política das páginas policiais, mas isso se resolve tirando o crime da política e não a liberdade da imprensa.”
O passo mais importante para tirar o crime da política é tirar políticos criminosos de circulação, e Moro, graças ao trabalho da Lava Jato, fez a sua parte neste sentido, assim como nós em O Antagonista, sem cair na conversa mole de que a culpa da negociação foi da falecida Marisa Letícia.
"É evidente que o grupo OAS destinou o imóvel, sem cobrar o preço correspondente, e absorveu os custos da reforma, tendo presente um benefício destinado ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não a sua esposa exclusivamente."
É evidente que Moro é um herói nacional na luta contra a Orcrim.
Comemore você também a perspectiva de libertar o Brasil.
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