14/03/2024 às 07h59min - Atualizada em 14/03/2024 às 07h59min

Projeto de exploração de madeira na Amazônia apoiado por Alcolumbre e Randolfe tem empresa multada e aprovação duvidosa do Incra

Um projeto de exploração de madeira em uma área preservada da Amazônia, no Amapá, envolve uma empresa previamente multada três vezes pelo Ibama por recebimento irregular de madeira nativa.

Por Terra Brasil Notícias
​Projeto de exploração de madeira em assentamento agroextrativista em Mazagão (AP). Foto: Divulgação/Governo do Amapá

 A concessão para o projeto foi concedida pelo Incra, apesar de dois pareceres técnicos e despachos internos contrários.

A multa de R$ 120,2 mil foi aplicada quatro meses antes da autorização do projeto, enquanto outras duas, totalizando R$ 10,1 mil, referem-se a infrações cometidas dois meses depois. O plano de manejo florestal sustentável abrange 172 mil hectares de floresta no Projeto de Assentamento Agroextrativista Maracá, anunciado como o maior do país.

O Incra deu anuência ao projeto, mesmo com pareceres técnicos apontando problemas, como viés empresarial e suspeita de falsificação de assinaturas. O senador Davi Alcolumbre e o senador Randolfe Rodrigues apoiaram o projeto, articulando junto ao Incra. O governo do Amapá afirma que o projeto envolve pagamento às comunidades locais, mas técnicos do Incra questionam a falta de participação dos assentados no processo produtivo.

Empresas responsáveis pelo projeto, TW Forest e Eco Forte, afirmam que são sérias e que o projeto inibe extração ilegal de madeira. No entanto, o histórico de multas e as preocupações levantadas por órgãos ambientais e técnicos geram questionamentos sobre a legalidade e sustentabilidade do projeto.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »