O senador Ciro Nogueira (PP-PB) usou uma rede social para criticar, nesta segunda-feira (18/3), militares que denunciaram, em depoimento à Polícia Federal (PF), o suposto plano de golpe de Estado articulado pelo entorno de Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
Em publicação no X (antigo Twitter), o político afirmou que militares que denunciaram o ex-presidente em depoimento à PF cometeram prevaricação.
Apesar de não citar nenhum militar nominalmente, a publicação faz referência aos depoimentos de Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e de Carlos Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica. Ambos ocuparam os cargos durante o governo Bolsonaro.
Eles confirmaram à PF terem participado de reuniões no Palácio do Planalto em que foram discutidas minutas de um possível golpe, mas disseram que não concordaram com a proposta.
“Quer dizer que agora um chefe, dois chefes (?) de forças militares testemunham um golpe de Estado e não fizeram nada? O general da ativa mais importante do país na ocasião que ouviu uma ameaça grave à democracia é o mesmo que agora bate no ex-comandante em chefe que perdeu as eleições, da mesma forma que bateria continência para o mesmo comandante em chefe, caso ele tivesse sido reeleito?”, escreveu Ciro Nogueira.
Ele também afirmou que os militares cometeram prevaricação. “Está absolutamente provado que há um criminoso inconteste. Ou o criminoso que cometeu prevaricação ao não denunciar ao país o ‘golpe’, ou o caluniador que o denuncia hoje, não tendo ocorrido. O general mais importante do país, tão cioso da democracia, em dezembro de 2022, sairia de qualquer reunião imprópria, denunciaria qualquer conluio e teria absoluto apoio da sociedade brasileira”, continuou o parlamentar.
Ciro também afirmou que todos os militares têm “dever de honrar sua farda”. “Alguns deveriam ter ainda mais compromisso em honrar seus pijamas”, concluiu.