O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado realizado nesta sexta-feira (22/3) em uma casa de shows nos arredores de Moscou. O ataque na capital da Rússia deixou ao menos 60 pessoas mortas e 100 feridas.
Em mensagem divulgada pela agência Amaq, associada ao grupo, o Estado Islâmico informou que "um grande número de cristãos foi atacado na cidade de Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, Moscou, matando e deixando centenas de feridos e causando grande destruição".
O grupo também afirmou que os atiradores teriam escapado com vida, informação ainda não confirmada pelas autoridades russas. "As pessoas que estavam na sala se jogaram no chão para se proteger dos disparos por 15 ou 20 minutos" e muitos conseguiram "sair rastejando", informou a agência.
Segundo agência de notícias russa Ria Novosti, pessoas em uniformes táticos invadiram a casa de shows e abriram fogo antes de lançar "uma granada ou uma bomba incendiária, provocando um incêndio".
O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, anunciou o cancelamento "de todos os eventos esportivos, culturais" e de caráter público durante o fim de semana.
Desde o início da guerra da Ucrânia e a saída dos Estados Unidos do Afeganistão, onde o Estado Islâmico concentra a maior parte de suas forças, os extremistas incitam seus apoiadores a realizarem ações contra russos e contra a Rússia.
A Casa Branca transmitiu condolências às vítimas do "terrível" tiroteio. "As imagens são simplesmente horríveis e difíceis de assistir", declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby. A Ucrânia garantiu que não tem "nada a ver" com o ataque.