O governo de Israel desistiu das negociações de paz e convocou os negociadores israelenses que estavam no Qatar nesta 3ª feira (26.mar.2024). O grupo israelense estava em Doha há 8 dias para buscar um acordo para o fim da guerra contra o Hamas e libertar os reféns israelenses na Faixa de Gaza. As informações são do Times of Israel.
Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a rejeição do Hamas a uma proposta para a interrupção dos ataques “demonstra claramente o total desinteresse” do grupo extremista “num acordo negociado”.
“O Hamas rejeitou mais uma vez uma proposta de compromisso norte-americana e repetiu suas exigências extremas: uma interrupção imediata da guerra, a retirada completa das FDI [Forças de Defesa de Israel] da Faixa de Gaza e a manutenção de sua administração para poder repetir o massacre de 7 de outubro, como prometeu fazer”, disse.
Israel também chamou as exigências do grupo extremista de “ilusórias” e disse que não as atenderá. “Israel buscará e alcançará seus objetivos de guerra justa: destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas, libertar todos os reféns e garantir que Gaza não represente uma ameaça para o povo de Israel no futuro”, afirmou o gabinete de Netanyahu.
Ainda segundo o texto, a recusa do Hamas à proposta de cessar-fogo atesta “os danos causados pela resolução do Conselho de Segurança da ONU”.
O documento foi aprovado na 2ª feira (25.mar). Determina um cessar-fogo “imediato” durante o Ramadã, período sagrado para os muçulmanos que começou em 10 de março e termina em 9 de abril.
Exige ainda a libertação “imediata e incondicional de todos os reféns” mantida pelo Hamas e a “garantia de acesso” à ajuda humanitária na Faixa de Gaza. O governo israelense, no entanto, já disse que não pretende aderir à determinação.
Segundo informações da Reuters, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Qatar, Majed Al-Ansari, disse a jornalistas nesta 3ª feira (26.mar) que as negociações sobre uma trégua no conflito ainda estavam em andamento. Também declarou que o cessar-fogo aprovado na ONU não teve um efeito imediato nas conversas em Doha