30/03/2024 às 11h14min - Atualizada em 30/03/2024 às 11h14min

Com aval de Bolsonaro e Valdemar, Izalci Lucas se filia ao PL

Evento contou com discursos de congressistas da legenda; ex-presidente disse esperar filiar um governador “peso pesado” em breve.

O senador Izalci Lucas exibe sua ficha de filiação ao PL assinada ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente da sigla.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) se filiou ao PL (Partido Liberal) nesta 4ª feira (27.mar.2024) em Brasília. Participaram do evento o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente da legenda Valdemar Costa Neto e congressistas da sigla. Com a chegada do senador, o PL passa a ter 13 senadores, a 2ª maior bancada da Casa Alta.
O 1º a discursar foi Valdemar Costa Neto, que enalteceu a volta de Izalci à legenda e disse que esta foi concretizada por Bolsonaro. O senador deixou o PSDB, que agora tem somente 1 senador na Casa. Izalci disse que tentará viabilizar uma candidatura ao governo do Distrito Federal em 2026 pelo PL.
Valdemar deixou o palco assim que terminou seu discurso e Izalci assinou sua filiação. Só depois de sua saída é que Bolsonaro chegou ao local, acompanhado da mulher, Michelle Bolsonaro.
O cacique e Bolsonaro estão impedidos de se comunicar, por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal federal), Alexandre de Moraes. Ambos são investigados por supostas reuniões golpistas no final de 2022.
Na filiação, Izalci disse se considerar “retornando” à legenda. O senador já havia sido filiado ao extinto PR (Partido da República), que originou o PL, e chegou a concorrer em duas eleições pela sigla. Em 2007 assumiu o cargo de deputado federal como suplente.
Além de Valdemar, o evento contou com discursos dos deputadosnBia Kicis (DF) e Gustavo Gayer (GO); dos senadores Rogério Marinho (RN) e Magno Malta (ES); da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
 O casal tem sido uma presença frequente em eventos da legenda, como a filiação do prefeito de Rio Branco (AC), Tião Bocalom, e da secretaria da Mulher do governo de São Paulo, Sonaira Fernandes.
Além de mirar na migração de autoridades já eleitas, o partido também tem investido em filiações de cidadãos comuns. Além de banners e informações expostas sobre como se filiar, o evento desta 4ª contou com um estande para que convidados possam se unir à legenda.
Bolsonaro também celebrou a entrada de Izalci no PL e disse que outros nomes “pesos pesados” devem entrar na legenda. Dentre eles, sem mencionar nomes, disse que em breve a sigla deve filiar um governador.
“Pesos pesados do poder executivo também virão, como filiei essa semana, em Rio Branco, Capital do Acre, o prefeito Bocalom. Virá brevemente um governador peso pesado para o nosso partido. São pessoas que se tem um pensamento muito semelhante com o nosso e que tem nas suas cabeças 4 palavras muito importantes: Deus, pátria, família e liberdade”.
Estratégia no PL
Com a chegada do congressista, o PL ficará com 13 senadores, 2 a menos que o PSD, que conta com 15 congressistas e é a maior bancada da Casa. Izalci disse que uma das suas estratégias ao mudar de partido é tentar viabilizar uma candidatura ao governo do Distrito Federal em 2026 pelo PL.
No momento, a sigla de Bolsonaro está na base de apoio do governo Ibaneis Rocha (MDB), que já tem uma cotada para a sucessão: a vice-governadora Celina Leão (PP). Com a saída de Izalci, o PSDB vai ficar com só 1 nome no Senado: Plínio Valério (AM), que também é cobiçado por outros partidos e pode deixar a sigla.
Por ter mandato majoritário, senadores podem trocar de partido no momento que quiserem, assim como governadores e prefeitos. Os deputados, por terem mandato proporcional, só podem fazer a migração durante as janelas partidárias ou com justa causa.


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