05/04/2024 às 05h45min - Atualizada em 05/04/2024 às 05h45min

Centro Educacional da Audição e Linguagem completa 50 anos

Instituição conveniada à Secretaria de Saúde do DF promove reabilitação auditiva e intelectual em crianças; a entidade filantrópica atende 420 meninos e meninas

​O Ceal-LP atende, atualmente, 420 crianças com fonoterapia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia, entre outros serviços | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF

Usuários, gestores e autoridades se reuniram, na quarta-feira (3), para comemorar os 50 anos do Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal-LP). Localizado na Asa Norte, o centro é conveniado à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para prestação de serviços de reabilitação auditiva e intelectual.

Durante o evento, foi inaugurado o novo espaço para terapias de psicomotricidade, que também conta com um ambiente para apresentações musicais e de teatro. “A reforma vai trazer para as crianças um novo momento, um estímulo a mais e é isso que a gente busca aqui no Ceal”, destaca a coordenadora de saúde do centro, Cristiane Farhat.

“A assistência é de alta complexidade, oferece diagnóstico, seleção e adaptação do aparelho auditivo, reabilitação auditiva e terapia para reabilitação intelectual”

Ocânia da Costa, referência técnica distrital (RTD) de fonoaudiologia

A instituição é filantrópica, sem fins lucrativos, e acolhe atualmente 420 crianças. Nela, são oferecidas fonoterapia, psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia, reforço pedagógico, neuropediatria, psiquiatria infantil, otorrinolaringologia e assistência social.

“O centro tem grande importância no atendimento assistencial às pessoas com deficiência auditiva e com transtorno do espectro autista (TEA). A assistência é de alta complexidade, oferece diagnóstico, seleção e adaptação do aparelho auditivo, reabilitação auditiva e terapia para reabilitação intelectual. A assistência é completa”, explica a referência técnica distrital (RTD) de fonoaudiologia da SES-DF, Ocânia da Costa.

O acesso aos serviços é feito por meio do sistema de regulação, após encaminhamento dado pelas equipes das unidades básicas de saúde (UBSs). Assim que uma nova criança chega, ela passa por uma triagem, na qual é avaliado o nível de suporte que ela precisa. “Cada caso é um caso e cada criança tem uma necessidade, uma demanda. A partir disso, tendo vaga, começamos o processo de reabilitação aqui dentro”, comenta a coordenadora.

“Faz toda diferença em relação ao desenvolvimento da minha filha, principalmente na parte cognitiva e da fala”

Tatiane Martins, mãe de Isabela, 7 anos
O acolhimento pode ser feito a qualquer tempo, apesar de que o aconselhado é que seja feito o mais cedo possível. “A prioridade sempre vai ser o mais precoce, por conta da janela de oportunidades neuronais. É você conseguir fazer o diagnóstico mais precoce e iniciar a intervenção o mais rápido possível”, completa Cristiane Farhat.

Desenvolvimento infantil
Foi o caso de Tatiane Martins e sua filha Isabela, de 7 anos. A menina foi diagnosticada com surdez severa ainda bebê e, há seis anos, frequenta o Ceal. “Faz toda diferença em relação ao desenvolvimento da minha filha, principalmente na parte cognitiva e da fala. Hoje ela já sabe escrever e ler. É um grau de importância nas nossas vidas que a gente não tem nem palavras para agradecer”, relata Tatiane.


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