Postado em 19/04/2024 21:2A 2ª Vara Criminal de Brasília aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e tornou réu um assessor de imprensa que furtou um capacete de um fotógrafo da Câmara Legislativa (CLDF), em outubro do ano passado, dentro da garagem da Casa.
O caso ocorreu em 31 de outubro do ano passado, por volta de 14h. De acordo com o inquérito da Polícia Legislativa (Copol) que indiciou o jornalista, ele entrou no estacionamento de motos, localizado no 2° subsolo da CLDF e subtraiu o capacete da vítima.
O objeto, que estava no guidão da motocicleta do fotógrafo, é avaliado em R$ 500 e foi recuperado, dois meses após o crime, por investigadores da Copol. O momento do furto chegou a ser registrado por câmeras de segurança da garagem, que ajudaram na identificação do acusado.
O jornalista, que não faz parte do quadro de funcionários da Casa, fecharia Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) para se livrar de uma denúncia. No entanto, ele possui antecedentes criminais, incluindo uma condenação definitiva.
“Em uma análise perfunctória da denúncia e dos documentos acostados aos autos, verifica-se a presença dos requisitos previstos para o seu recebimento, conforme preceitua o art. 41 do CPP, não sendo o caso de rejeição”, escreveu a juíza Bruna Ota Mussolini.
Outro caso na casa em março de 2023
Furto dentro da CLDF dá prejuízo de quase R$ 200 mil a empreendedora
Câmara Legislativa foi alvo de furto enquanto recebia feira de exposição de empreendedoras. Bandidos miraram as joias caras
Alan Rios
08/03/2023 19:08, atualizado 11/03/2023 09:36
Myke Sena/Especial Metrópoles
Empreendedoras que participavam de uma exposição de produtos dentro da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) foram alvo de furtos entre segunda e terça-feira (7/2). Uma das mulheres que participava da feira teve joias e semijoias levadas. O prejuízo é estimado em cerca de R$ 200 mil.
O caso ocorreu dentro das dependências da Câmara, em frente à Praça Cívica, em uma área em que é possível acessar pelo lado de fora. Bandidos perceberam que os materiais ficavam guardados no local após a saída das vendedoras e aproveitaram para cometer o crime.
“A orientação que tivemos era de que podia deixar os produtos aqui, desde que ficassem cobertos, então, deixamos. Mas eu não sabia que tinha aquele acesso à rua”, conta Ana Maria Soares, 41 anos, expositora que teve o maior prejuízo.
O evento é a Feira Transforme-se, voltado para empreendedoras mulheres na comemoração da data internacional voltada à elas, iniciado no dia 6 e com previsão de término na sexta (10/3). Os autores do crime levaram apenas os itens mais valiosos, como anéis, pulseiras, colares, gargantilhas, tornozeleiras e argolas.
“Quem fez isso estava estudando muito bem. Levaram quatro bandejas que estavam cheias de joias, levaram outra pequena que tinha R$ 10 mil em produtos”, contabiliza.
Outra expositora teve cerca de R$ 2 mil em mercadorias furtadas. Ana, que começou a empreender há seis anos, lamenta a perda expressiva em questão de horas.
“Estou muito mal, chorei muito, pensei que ia infartar. Fui gestora comercial, fui promovida, saí em 2016 e, em 2017, comecei meu negócio. Foram anos de trabalho só investindo. Mais de cinco anos lutando. Tenho carro velho, celular antigo, minha prioridade é fazer minha empresa crescer. Deixei de fazer tantas coisas para mim, para uma pessoa vir e levar tudo o que construí. Psicologicamente, queria deitar na cama, cobrir a cabeça e ficar lá.”
Em nota, a Câmara Legislativa afirmou que foi lavrado um boletim de ocorrência na Coordenadoria de Polícia Legislativa da CLDF. “O furto está sendo apurado, com análise das imagens das câmeras de segurança, perícia e outras análises investigativas, pela Polícia Legislativa da Casa e pela Polícia Civil do DF”, informou.
Na PCDF, a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) investiga o crime. Peritos estiveram no local nesta quarta-feira (8/3) apurando o caso.