23/04/2024 às 09h21min - Atualizada em 23/04/2024 às 09h21min

Metade dos manifestantes em ato de Bolsonaro no Rio apoia o governador de São Paulo para concorrer à Presidência em 2026

Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome preferido dos bolsonaristas para concorrer ao Executivo em 2026, caso o ex-mandatário, hoje inelegível, não possa ser candidato.

​Tarcísio de Freitas/ Governador de São Paulo. que, com Bolsonaro fora da disputa, Tarcísio é o melhor nome. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Uma pesquisa feita entre o público que esteve na Praia de Copacabana neste domingo, durante ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o nome preferido dos bolsonaristas para concorrer ao Executivo em 2026, caso o ex-mandatário, hoje inelegível, não possa ser candidato.

Já para a eleição municipal do Rio deste ano, os manifestantes defendem o apoio de Bolsonaro a Alexandre Ramagem (PL). O levantamento foi realizado pelo grupo “Monitor do debate político”, da USP, coordenado por Pablo Ortellado, José Szwako e Márcio Moretto, que acompanhou in loco o evento.

Questionados pela equipe de pesquisa, 54% dos bolsonaristas disseram que Tarcísio é o melhor nome para concorrer a Presidência da República em 2026, no cenário em que o ex-presidente não esteja na disputa pelo Executivo. Michelle Bolsonaro aparece na segunda colocação (23%), seguida do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (4%), e do General Braga Netto (4%).

No Rio, o apoio a Ramagem na disputa pela prefeitura é defendido por 63% dos manifestantes. Otoni de Paula (5%), Eduardo Paes (2%) e Rodrigo Amorim (2%) também foram citados. Outros 26% afirmaram que Bolsonaro deve apoiar outro candidato, nenhum ou não souberam responder.

Os pesquisadores detectaram que a maioria dos presentes na manifestação confia no trabalho da Polícia Federal (PF) no caso Marielle e concorda com a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, apontado como mandante do crime contra a vereadora e o motorista Anderson Gomes.

Questionados sobre o resultado da investigação da PF, 40% dos bolsonaristas afirmaram “confiar muito”. Outros 28% responderam “confiar pouco”, 18% não confiam e 13% não souberam.

Para 56% dos entrevistados, a decisão da Câmara dos Deputados de manter a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão é correta. Já 26% não concordaram e 18% não souberam.

A maioria dos manifestantes considera que a suspensão de contas no X (antigo Twitter) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) configura censura (91%) e concorda com a decisão de Elon Musk de descumprir o que foi determinado pela Corte (85%). Além disso, 93% afirmaram ser a favor do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

O estudo ouviu 368 pessoas em toda a extensão da manifestação na praia de Copacabana. A margem de erro com grau de confiança de 95% é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Ato em Copacabana
O ato na manhã de domingo (21), contou com a presença de 32,7 mil pessoas, segundo cálculo do grupo de pesquisa da USP. A margem de erro é de 12%, para mais ou para menos.

O público na orla carioca equivale a cerca de 18% dos 185 mil presentes na manifestação anterior organizada pelo bolsonarismo, em fevereiro, na Avenida Paulista (SP).

Na comparação com o ato realizado no mesmo local de hoje no Sete de Setembro de 2022, durante a campanha presidencial, a concentração de agora corresponde a aproximadamente metade dos 65 mil manifestantes que se dirigiram a Copacabana naquela ocasião.

O grupo da USP produziu imagens aéreas entre 10h, horário do início da manifestação, e por volta de 12h30, quando Bolsonaro terminou de discursar, contabilizando o público presente com auxílio de um software. A contagem de 32.750 presentes foi computada no momento de pico, no auge do pronunciamento do ex-presidente, às 12h. Considerando a margem de erro, pode haver uma diferença de 3,9 mil pessoas para mais ou para menos.

A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro informou que não irá divulgar uma estimativa de público do ato de domingo.


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