O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou na tarde desta segunda-feira (20/5) que irá recorrer do parecer do Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal que se manifestou pelo arquivamento da ação criminal que o parlamentar moveu contra o influenciador Felipe Neto. O youtuber se referiu a Lira com o termo "excrementíssimo".
O Ministério Público adotou essa posição, de arquivamento, na última sexta-feira (17/5), contra o pedido de Lira pela abertura de investigação. Na manifestação, a Procuradoria afirmou que "as palavras duras dirigidas ao deputado, conquanto configurem conduta moralmente reprovável, amoldam-se a ato de mero impulso, um desabafo do investigado, não havendo o real desejo de injuriar ou lesividade suficiente".
Na postagem que motivou a ação de Lira, Felipe Neto o criticou e disse que o parlamentar "triturou" o projeto das Fake News, que deveria regular as redes sociais. E, nessa publicação, usou o termo que irritou o presidente da Câmara.
"É preciso que a gente fale mais, se comunique mais, fale mais com o povo, convide mais o povo para participar. É preciso, fundamentalmente, que a gente altere a percepção em relação ao que é um Projeto de Lei como o 2.630, que foi infelizmente triturado pelo excrementíssimo Arthur Lira", postou o influenciador no X, o antigo Twitter.
Em nota, Lira anunciou o recurso à manifestação do MPF.
"O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, irá recorrer do parecer do Ministério Público Federal pelo arquivamento do procedimento criminal contra o senhor Felipe Neto. O recurso será enviado para a Câmara de Coordenação e Revisão do MPF", comunicou a assessoria de imprensa de Lira.