Demóstenes Torres, advogado de Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, disse ao Mais Goiás que pediu à Justiça, nesta terça-feira (4), que o cliente dele seja transferido para Goiás. Acusado pela morte do empresário Fábio Escobar, o ex-presidente do ex-presidente do DEM (atual União Brasil) foi preso em Brasília (DF), na segunda-feira (3), e está detido na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado de lá.
“O pedido foi feito ao juízo de Anápolis. A defesa pediu para o juiz decidir um lugar adequado para preservar a vida dele”, disse Demóstenes. A ação corre em segredo de Justiça e, conforme o advogado, ainda não há previsão sobre a decisão do recambiamento.
Na noite de segunda, a defesa emitiu uma nota em que dizia estar em tratativas com as autoridades competentes para apresentar Cacai. A única exigência “sempre foi de que sua vida seja protegida. Ele teme, com razão, os verdadeiros mandantes do crime praticado contra Fábio Escobar”. Disse, ainda, que, com o cumprimento do mandado de prisão, “confia que sua integridade seja preservada pelas forças de segurança pública, Ministério Público e Poder Judiciário”.
Vale citar, Cacai ficou 200 dias foragido. Ele foi denunciado pelo Ministério Público e, desde 16 de novembro, estava com prisão decretada.
Sem negociação
O diretor-geral da Polícia Civil de Goiás (PCGO), André Ganga, afirmou, nesta terça-feira, que não houve negociação recente para que o ex-presidente do DEM se entregasse às autoridades. Segundo ele, tiveram conversas com a defesa e familiares no mês passado, que não deram resultado.
No momento da prisão, que decorreu apenas de trabalho da corporação, segundo Ganga, Cacai estava sozinho no apartamento onde vivia. “Ele estava escondido no DF há 35 dias. A Polícia Civil o procurou lá por 3 semanas. Para a prisão, foram cinco dias ininterruptos de ação, dia e noite, até concretização”, afirmou.
Morte
Empresário, Fábio Alves Escobar Cavalcante tinha 38 anos e foi morto a tiros por dois homens na noite do dia 21 de junho de 2021 no Setor Jamil Miguel, em Anápolis. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), criminosos que estavam em um carro utilizavam máscaras do tipo “balaclava”.
O empresário chegou a ser levado para um hospital. Ele, todavia, não resistiu aos ferimentos.