Renato dos Santos Europeu, de 41 anos, que foi condenado a 26 anos de cadeia por roubo e ainda precisava cumprir mais oito anos, foi preso pela Polícia Civil em Goiânia acusado de extorquir, na semana passada, um homem que conheceu pela Internet. No momento em que foi abordado, ele apresentou documentos de um irmão, já que sabia estar sendo procurado após ter rompido a tornozeleira eletrônica que o monitorava.
Um homem que contou estava sendo extorquido por uma pessoa que conheceu na Internet, e que ameaçava divulgar vídeos íntimos dele, foi quem procurou a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), na última quinta-feira (05/6). Ao averiguar fotos de criminosos que já haviam sido presos pelo mesmo delito, a vítima não teve dúvidas em reconhecer Renato dos Santos Europeu como sendo o homem com quem havia saído.
Quando localizado e preso na tarde de terça-feira (11/06), o suspeito apresentou aos agentes do Grupo de Repressão a Roubos (GARRA), da Deic, documentos falsos, em nome de um irmão, que morreu em 2023. No carro em que Renato estava, os policiais encontraram duas peças de maconha, fato que fez com que ele fosse autuado, além do uso de documentos falso, também, por tráfico de drogas.
Na ocasião da abordagem, os agentes descobriram que o condenado estava sendo procurado desde o último mês de abril, quando rompeu a tornozeleira eletrônica que o monitorava. A suspeita da polícia é que ele continuava praticando o mesmo crime pelo qual foi condenado a quase 30 anos de reclusão.
Pertences de vítimas
Segundo o delegado Altair Gonçalves, do GARRA, da Deic, Renato dos Santos foi condenado após praticar um mesmo tipo de crime, com várias vítimas diferentes, em Goiânia. Investigações mostram que o acusado ia até as residências das vítimas, que conhecia por meio de aplicativos de encontros homossexuais, e, após se relacionar com elas, anunciava o roubo, levava vários pertences, e ameaçava que iria expô-las nas redes sociais, caso fosse denunciado.
Como existe a suspeita de que ele rompeu a tornozeleira eletrônica para continuar praticando o mesmo crime pelo qual foi condenado, o delegado que investiga o caso decidiu divulgar seu nome, e idade à imprensa. De acordo com a PC, “a divulgação da imagem do investigado preso foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, Portaria Normativa n° 02/2020/DGPC e Portaria n° 547/2021/DGPC, tendo em vista o interesse público no sentido de identificar outras eventuais vítimas de crimes patrimoniais praticados pelo mesmo indivíduo, bem como na localização de possíveis testemunhas que possam colaborar com a investigação”.
A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesade Renato dos Santos, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.