20/06/2024 às 09h05min - Atualizada em 20/06/2024 às 09h05min

Emboscadas de torcedores tiveram ataques de motosserra contra rivais em Goiás

Carro foi incendiado e rival teve os dois braços quebrados com barras de ferro nos ataques

​Torcedores detidos em operação contra emboscadas em Goiás (Foto: divulgação/PC)

Grupo de torcedores do Vila Nova presos em operação contra emboscada usaram motosserra em agressões contra rivais do Goiás Esporte Clube. Eles foram detidos nesta terça-feira (18/6) após ataques surpresas promovidos entre os meses de abril e maio. Em uma das ações, um carro foi incendiado e um jovem teve os dois braços quebrados após ser agredido com uma barra de ferro.

Agressões com motosserra e barras de ferro
Pelo que apurou a Policia Civil, o grupo, liderado por Luis Gabriel, que é mais conhecido como “Pocoyó”, armou, no último dia 11 de maio, uma emboscada para torcedores do Goiás que participavam de uma partida de futebol amador no Setor Cidade Vera Cruz, em Aparecida de Goiânia. Armados com uma motosserra, paus, e barras de ferro, os torcedores, que segundo apurado, se intitulam do 4º comando, feriram vários jovens, entre eles um que teve os dois braços quebrados.
 
Ao identificarem os cinco envolvidos nesta emboscada, os agentes do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (GEPROT), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), descobriram que eles também atearam fogo no carro de um torcedor do Goiás na noite do último dia 16 de abril, naquela mesma região. Além dos cinco adultos que foram presos, um adolescente, de 17 anos, que participou dos dois ataques, também foi apreendido.
“Torcedores” usam futebol como fachada para brigas e disputas de território, afirma delegado

Titular do GEPROT, da Deic, o delegado Samuel Moura disse que uma grande parte dos integrantes de torcidas organizadas de Goiás hoje usam o futebol apenas como fachada, para brigar. “O que nós temos observado é que estas confusões, cada vez mais violentas, nada tem a ver com o futebol ou o time do coração, já que acontecem em dias que nem jogos tem, longe dos estádios, e que, pelo que já apuramos, servem apenas para que grupos criminosos de alta periculosidade ocupem regiões dominadas por rivais”, afirmou.

Além das quatro prisões, foram cumpridos nesta terça-feira cinco mandados de busca e apreensão, ocasião em que os agentes encontraram roupas alusivas à torcida do Vila Nova, faca, estilete e canivete. Os cinco suspeitos, que segundo o delegado estão tendo as imagens divulgadas por serem suspeitos de outros delitos, foram indiciados por associação criminosa, lesão corporal grave, e corrupção de menor.

De acordo com a PC, “a divulgação da identificação dos presos foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria n° 547/2021 – PC, e Despacho da Autoridade Policial responsável pelas investigações, justificadas na possibilidade real de identificação de novas vítimas”.

 
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