21/06/2024 às 06h35min - Atualizada em 21/06/2024 às 06h35min

Aparecida supera Goiânia em 100 posições no ranking de homicídios, diz levantamento

Dado é preocupante para o contexto local

​Aparecida de Goiânia (Foto: Divulgação - Prefeitura de Goiânia)

O Atlas da Violência 2024 publicado nesta terça-feira (18), levanta um dado a ser destacado: Aparecida de Goiânia está 100 posições à frente de Goiânia no ranking de homicídios por número de habitantes.  Com uma taxa de 32,4 homicídios por 100 mil habitantes, o município ocupa uma posição preocupante no cenário nacional de violência, enquanto a capital, com uma taxa de 16,1 homicídios por 100 mil habitantes, figura bem abaixo na lista.

Aparecida de Goiânia, com uma população de 527.796 habitantes, registrou 171 homicídios em 2022, segundo o relatório. Já Goiânia, com uma população significativamente maior de 1.437.366 habitantes, teve 232 homicídios no mesmo período. Trata-se da cidade com menor índice de homícidios entre as 15 maiores cidades de Goiás.

O documento do Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública também ressalta que o estado de Goiás tem apresentado uma tendência de redução nas taxas de homicídio desde 2016, num contexto em que a Polícia Federal desarticulou uma quadrilha de extermínio formada por policiais militares.

Essa quadrilha teria sido responsável por mais de 100 homicídios. A desarticulação desse grupo criminoso, aponta o Atlas, pode ter contribuído para a estabilização e eventual redução da violência em Goiânia e em outros municípios do estado.
 
No contexto nacional, o Atlas da Violência aponta que, apesar das diferenças regionais, o Brasil registrou uma média de 24,5 homicídios por 100 mil habitantes em 2022. Goiás, com suas variações internas, reflete a complexidade do cenário brasileiro, onde fatores locais e específicos influenciam diretamente os índices de violência em cada município. O relatório detalha as disparidades regionais dentro do próprio Centro-Oeste.
 
Enquanto cidades menores e áreas rurais frequentemente registram índices menores, os centros urbanos, com maiores concentrações populacionais, tendem a apresentar taxas mais elevadas, devido à concentração de atividades criminosas e outros fatores socioeconômicos.


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