13/07/2024 às 06h53min - Atualizada em 13/07/2024 às 06h53min

Polícia pede mais 90 dias para concluir inquérito sobre Pablo Marçal

O pré-candidato a prefeito de São Paulo é investigado por colocar a vida de 30 pessoas em risco durante uma escalada ao Pico dos Marins, no Vale do Paraíba

Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Piquete (SP) pediu à Justiça a prorrogação da investigação por suposta tentativa de homicídio privilegiado contra o pré-candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB). Ele é investigado por colocar a vida de 30 pessoas em risco durante uma escalada ao Pico dos Marins, no Vale do Paraíba, em janeiro de 2022. As autoridades policiais pediram, na quinta-feira (11/7), mais 90 dias para concluir o inquérito.

Durante a escalada no interior paulista, o grupo passou mal por causa das condições climáticas adversas. Marçal, à época, afirmou que não mandou ninguém subir ao local e que cada um foi responsável pelos próprios atos. Ele tentou, junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), trancar o inquérito, mas não conseguiu e a investigação continuou.

O local no Vale do Paraíba é conhecido pelo turismo montanhoso e conta com 2.420 metros de altitude. No entanto, a Defesa Civil alerta para condições difíceis para aventuras no local. À época, o pré-candidato afirmou em postagem no Instagram que aquele "foi o pior dia de nossas vidas". Depois, a publicação foi apagada.

No fim de junho deste ano, o Ministério Público obteve uma autorização da Justiça para apurar se Pablo Marçal descumpriu medidas cautelares impostas a ele em janeiro de 2022.

A promotora Renata Galhardo Cheuen disse ter tomado conhecimento do programa La Casa Digital, reality show com participação de Marçal em maio deste ano. Ao portal Migalhas, o ex-participante Luiz Gabriel Godoy afirmou ter enfrentado situações de desrespeito e maus tratos durante sua participação, tendo sido, inclusive, submetido a "treinamentos físicos intensos".

Se a alegação de Luiz Gabriel proceder, pode ser configurado o descumprimento de uma medida cautelar expedida contra Pablo Marçal em janeiro de 2022. Na época, ele foi proibido pelas autoridades de realizar "qualquer atividade externa na natureza (seja em montanhas, picos, rios, lagos, mares, ou em locais correlatos), por si ou por interposta pessoa sem prévia e expressa autorização".

Em nota, Marçal negou descumprimento de cautelar. "Não colocamos nenhum participante em risco físico durante o evento. Vale ressaltar que minha participação no evento foi meramente como apresentador, não sendo eu o organizador", disse.


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