A Justiça determinou a soltura dos policiais militares Tiago Nogueira Chaves e Igor Moreira Carvalho, suspeitos de matarem um técnico de instalação de internet e alterar a cena do crime, em Goiânia. A prisão ocorreu no último dia 5 e a decisão é desta semana.
O processo está em segredo de Justiça. A informação foi divulgada pelo G1. Na decisão, o juiz entendeu pela soltura dos investigados que estavam em uma prisão militar.
Sobre o caso, os policiais teriam matado Allan Carlos Porto Carrijo, 36 anos, durante um suposto confronto. O caso aconteceu em 12 de junho, quando uma jovem de 27 anos acionou o serviço de manutenção por causa de problemas com a internet, no residencial Buena Vista II.
À polícia, ela afirmou que o técnico se aproximou e beijou a boca dela sem permissão. A mulher, então, o afastou e chamou duas amigas, que foram até a casa dela e bateram no suspeito. Depois disso, o técnico fugiu, momento em que a jovem acionou a PM.
Desdobramento
No boletim de ocorrência consta que os dois PMs foram até a casa da jovem e depois atrás do suspeito. Eles encontraram Allan em um lote baldio e tentaram efetuar a prisão, conforme o documento, com a ajuda do chefe dele, que foi ao local para atraí-lo.
Ainda segundo o relato dos policiais, o técnico teria resistido e agredido os agentes, além de sacar uma faca. Os policiais disseram que “para conter a injusta agressão” atiraram três vezes contra o homem. Ele não resistiu e morreu no local.
Polícia Civil
A Polícia Civell, por sua vez, informou que os peritos não encontraram estojos de bala. Já o celular de Allan e a faca que teria sido “sacada” por ele foram levados para a delegacia. O laudo policial apontou que o técnico levou quatro tiros, sendo um no peito.
Já a vítima de abuso do técnico e as testemunhas relataram para a Polícia Civil que não viram a faca com ele. O técnico também teria conversado com a esposa e o chefe durante a fuga. Ao patrão, ele afirmou que estava com medo de ser morto. Allan teria, inclusive, enviado a localização para que ele o buscasse – por isso ele foi ao local.
Ainda no local, o chefe diz que foi ameaçado pelos PMs e obrigado a entregar o celular. O item foi levado e depois descartado em uma mata. A Polícia Civil acredita que os dois militares tenham forjado o confronto e plantado a faca no local, por isso pediu a prisão, que ocorreu em julho.