Após 25 anos de chavismo – 14 deles sob Nicolás Maduro – o regime pode finalmente ser vencido nas urnas, como apontam pesquisas de intenção de voto do vizinho sul-americano.
Não que se espere que o presidente da Venezuela – que falou em “banho de sangue” em caso de derrota – aceite o resultado das eleições tranquilamente.
Por isso, o mundo todo aguarda com enorme tensão o resultado do sufrágio popular marcado para o próximo domingo, 28, em todo o país.
Maduro fez de tudo para que a eleição fosse ganha novamente por ele. Tirou, inclusive, a líder da oposição Maria Corina Machado da disputa. Mas o substituto dela, Edmundo González, continua liderando as pesquisas.
A doença antidemocrática do chavismo é a mesma do bolsonarismo no Brasil. Eles se parecem muito em tudo, inclusive na forma como foram constituídos. A diferença é a força das instituições brasileiras.
Quando nasceu na Venezuela, o chavismo foi oportunista diante de uma forte decepção dos eleitores com os dois partidos que se alternavam no poder.
À época liderado por Hugo Chávez, o regime ocupou um vazio institucional e foi, paulatinamente, demolindo a democracia por dentro, sempre com a ajuda das Forças Armadas.
Um quarto de século depois, contudo, a crise migratória venezuelana se soma à insatisfação com os apagões, desabastecimento e a inflação – tudo resultado da falta de alternância de poder.