O ex-governador José Roberto Arruda têm refletido muito nos últimos dias no escritório de sua ampla residência no Park Way.
Recentemente Arruda, Agnelo e Filippelli foram alvos da Lava Jato e passaram alguns dias presos. Apenas o ex-governador do DF, Agnelo Queiroz, falou – e muito! Os outros permaneceram calados.
Ao olhar para a filha caçula sabendo que poderá ficar distante dela a qualquer momento, Arruda se desmancha em lágrimas e constantemente é confortado e apoiado pela esposa, Flávia Arruda, que viveu o céu e o inferno ao lado do marido quando do advento da Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 27 de novembro de 2009.
Arruda é trabalhador, simpático e determinado. Poderia mais uma vez reescrever sua história ao fazer uma delação premiada. Se ele contar tudo o que viu, ouviu e participou, mesmo que perca amigos, terá a oportunidade de resgatar sua imagem e nome, e ajudar o Distrito Federal a conhecer o que grandes empresários e outros políticos fizeram nos bastidores nos últimos anos.
Arruda não quer que a imagem acima se repita, ao sair da cadeia após longo período de confinamento, amparado pela esposa Flávia, que merecidamente receberá o apoio do marido nas próximas eleições e deverá ser eleita deputada federal.
Não gosto do Arruda devido ao seu caráter doentio por dinheiro fácil (leia-se corrupção) e falsidade, mas posso aprender a gostar se ver nele um gesto de total sinceridade e amor à Brasília ao revelar tudo o que sabe sobre o propinoduto que há anos impregna o DF.
Arruda pode deixar de ser vilão e passar a ser herói, se tiver coragem e humildade de fazer uma delação que coloque corruptos e corruptores na cadeia.
A Lava Jato é um grande avanço para o Brasil se livrar de vez de corruptos e corruptores. A Lava Jato pode ser o divisor de águas para o político José Roberto Arruda. Só depende dele.