O ex-presidente do Solidariedade, Eurípedes Gomes de Macedo Júnior, teve liberdade provisória concedida pela Justiça do Distrito Federal na terça-feira, 6 de agosto. Eurípedes foi preso no dia 15 de junho e é acusado de envolvimento em um esquema de desvio de mais de R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral do antigo PROS.
A decisão é do juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral do DF. O pedido da revogação foi feito pela defesa de Eurípedes, que usará tornozeleira eletrônica e não pode contatos com nenhum dos investigados. O atual presidente do partido agora é o deputado Paulinho da Força, de SP.
Conforme a PF, Eurípedes era chefe do esquema que usava candidaturas laranjas e uma fundação do partido para desviar recursos entre os anos de 2022 e 2023. A investigação aponta que o grupo usava empresas de fachada para lavar o dinheiro através da compra de imóveis e do superfaturamento de serviços de consultoria jurídica.
De acordo com as redes sociais do político, Eurípedes passou a maior parte da infância e adolescência no Entorno do DF. Ele conquistou seu primeiro mandado como vereador por Planaltina de Goiás, em 2008, e se tornou presidente da Câmara no mesmo ano.
Ao G1, a defesa de Eurípedes informou que “Praticamente todas as acusações feitas pelo MP foram aterradas na defesa apresentada recentemente, de modo que a soltura era a única medida aguardada”.
Veja as medidas que Eurípedes Júnior terá de cumprir. Caso sejam descumpridas, a prisão preventiva volta a ser decretada, segundo a Justiça.
• não manter contato com outros investigados, diretamente ou por advogados;
• proibição de acesso à sede nacional e regionais do Solidariedade;
• proibição de realizar transações bancárias, saque e transferências de valores, inerente a contas corrente, poupança ou investimentos localizados no exterior;
• recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga;
• usar aparelho de monitoração eletrônica;