14/08/2024 às 06h34min - Atualizada em 14/08/2024 às 06h34min

Moraes manda bloquear rede social e R$ 50 milhões de Do Val

Medida ocorre após o senador Marcos do Val fazer novos ataques ao Supremo e ao próprio ministro Alexandre de Moraes na internet

​Do Val chamou a decisão de Moraes de "arbitrária" e ressaltou que o bloqueio das contas é uma "afronta à dignidade" - (crédito: Divulgação/Senado)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou novo bloqueio de uma rede social do senador Marcos do Val (Podemos-ES), após o bolsonarista proferir uma série de ataques ao Judiciário brasileiro e ao próprio magistrado. Na mesma decisão, foi determinado o bloqueio de R$ 50 milhões das contas bancárias do parlamentar.

Em postagens recentes, Do Val afirmou em um vídeo que “o cerco estava se fechando contra Moraes” e que iria acioná-lo em tribunais internacionais. No mês passado, o bolsonarista também usou as redes para criticar as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele chamou o delegado de Polícia Federal, Fábio Shor, de “capataz” do ministro e o acusou de cometer “violações contra a Constituição e os direitos humanos dos brasileiros”.

O senador chamou a decisão de Moraes de “arbitrária” e ressaltou que o bloqueio das contas é uma “afronta à dignidade”.

“O que estamos vivenciando é uma flagrante contravenção e um desrespeito não apenas à minha pessoa, mas a todo o Senado Federal, que está sendo desmoralizado diante de uma medida arbitrária, que fere o princípio da dignidade humana e a própria essência da imunidade parlamentar”, escreveu o senador.

“Essa decisão, revestida de uma pena antecipada de caráter perpétuo, é absolutamente desproporcional e inconstitucional. A imposição de uma dívida de 50 milhões de reais é não apenas impossível de ser quitada, mas também representa uma afronta à minha dignidade, não apenas como parlamentar, mas como ser humano. Nem em dez gerações seria possível pagar esse valor!”, disse Do Val.

No ano passado, Marcos do Val teve as contas suspensas pelo STF quando ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal. Na ocasião, ele era suspeito de obstruir investigações sobre os atos golpistas — que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. 


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