O quarto de uma suíte de motel, segundo a Polícia Militar, foi o local escolhido por um traficante para negociar as três toneladas de maconha que foram apreendidas na madrugada desta terça-feira (20/8), em Aparecida de Goiânia. O suspeito de tráfico, e o dono do motel, foram presos, e encaminhados à sede da Polícia Federal, em Goiânia.
Os militares do Comando de Operações de Divisas (COD) chegaram até o galpão em Aparecida de Goiânia, onde estavam guardados quase três mil peças de maconha, após receberem uma denúncia anônima. Preso nas proximidades, um homem que não teve a identidade revelada confessou ser o responsável pelo transporte, e comercialização da droga.
Ele também levou policiais até um motel, onde estavam jogadas, em uma suíte, outras 100 peças de maconha. Pelo que foi apurado, o motel foi escolhido por ele por não chamar a atenção da polícia, já que era um local com grande movimentação de pessoas durante todo o dia e noite.
Apesar de afirmar que não sabia do tráfico, o dono do estabelecimento também foi preso. “Ele nos contou que alugou o quarto para o dono das drogas por duas semanas, sem saber o que ele faria por lá, mas nós duvidamos dessa história, já que sabemos que o movimento em um motel nunca pára, e que o fato de uma pessoa alugar por determinado tempo, e só aparecer por lá de vez em quando, recebendo sempre um grande número de pessoas, chamaria a atenção de qualquer funcionário”, descreveu o major Filogônio Costa, subcomandante do COD.
Compra em consórcio
Um detalhe durante a apreensão das três toneladas de maconha chamou a atenção dos militares do COD. O fato de algumas peças estarem com embalagens, e cores diferentes, o que, para a PM, mostra que a droga foi comprada por diferentes traficantes, que teriam realizado um consórcio.
De acordo com o subcomandante do COD, essa prática é comum para evitar que, em casos de apreensões, um único traficante arque sozinho com todo o prejuízo. De acordo com ele, a maconha apreendida em Aparecida de Goiânia foi adquirida, no final da semana passada, na divisa do Brasil com o Paraguai. A identidade do dono do motel também não foi revelada.